Use este identificador para citar ou linkar para este item:
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/26883
Compartilhe esta página
Título: | Dinâmica de comunidades de fungos poroides (Basidiomycota, Agaricomycetes) em remanescentes de Floresta Atlântica de Pernambuco |
Autor(es): | MELO, Georgea Santos Nogueira de |
Palavras-chave: | Basidiomycetes; Ecologia; Mata Atlântica |
Data do documento: | 26-Fev-2016 |
Editor: | Universidade Federal de Pernambuco |
Abstract: | O presente trabalho investigou a dinâmica da comunidade de fungos poroides em remanescentes de Floresta Atlântica de Pernambuco, baseado na hipótese de que fatores bióticos e abióticos influenciam significativamente seus padrões estruturais. O estudo ecológico foi conduzido em três fragmentos em diferentes estágios de regeneração da RPPN Frei Caneca: Barragem das Moças, Caranha e Serra do Quengo. Em cada fragmento foram estabelecidas unidades amostrais, compostas por três transectos, visitadas durante 12 meses entre 2012 e 2013. Os fungos encontrados ao longo dos transectos foram levados para laboratório, analisados macro e microscopicamente e identificados. Espécies interessantes ou novas para a ciência foram analisadas também com métodos de biologia molecular. As variações na composição, riqueza e abundância das espécies foram investigadas ao longo dos fragmentos e do tempo em relação aos fatores climáticos: “precipitação”, “temperatura” e “umidade relativa do ar” e aos fatores do substrato: “pH”, “dureza”, “umidade relativa do tronco”, “temperatura da madeira”, “volume” e “área superficial”. As diferenças encontradas foram testadas através do teste de qui-quadrado e a ANOSIM, utilizando o índice de Bray-Curtis. A influência do substrato foi testada através da análise de correspondência retificada, utilizando o coeficiente de correlação de Spearman. Além disso, foi calculado o índice de Shannon-Wiener para medir a diversidade dos fragmentos e o coeficiente de correlação de Pearson para medir o grau da correlação entre seus valores. Duas ordens, nove famílias, 45 gêneros e 74 espécies foram encontradas. Destas, 17 foram coletadas pela primeira vez na Floresta Atlântica de Pernambuco, representando novos registros para a América do Sul, Brasil e Nordeste. Os fragmentos diferiram em relação ao tempo de regeneração (idade), tamanho, histórico de perturbações e grau de isolamento, porém não significativamente em relação à composição de espécies da comunidade fúngica. A mata com maior histórico de perturbação foi também a que apresentou maior número de espécies fúngicas. A distribuição dos fungos foi influenciada principalmente pelos fatores “fragmento” e “umidade relativa do ar”. A diversidade de fungos foi diferente entre fragmentos, mas não entre meses. Todavia, a abundância foi maior durante a estação chuvosa. A maioria das espécies ocorreu em troncos de 10 a 30m² e com até 1m³. Contudo, os resultados de qui-quadrado não foram significativos nem em relação à área, nem em relação ao volume. O pH foi a única variável com correlação significativa entre fatores do substrato analisados, . A maioria das espécies ocorreu em pH de 3 a 5, mas a acidez encontrada no substrato pode ter sido decorrente da presença dos basidiomas e, consequentemente, do processo natural de decomposição da madeira. O presente estudo concluiu que: a diversidade de fungos pode refletir as características do fragmento, uma vez que o fator “área de coleta” é mais determinante que o fator “tempo” na ocorrência e composição das espécies e que, em ambientes úmidos, a quantidade de água no substrato é um fator determinante para a produção de basidiomas, independente de suas variações mensais. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/26883 |
Aparece nas coleções: | Teses de Doutorado - Biologia de Fungos |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
TESE Georgea Santos Nogueira de Melo.pdf | 3 MB | Adobe PDF | ![]() Visualizar/Abrir |
Este arquivo é protegido por direitos autorais |
Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons