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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25581

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Título: Candidemia em um hospital público do nordeste do Brasil: características epidemiológicas e fatores de risco em pacientes críticos
Autor(es): SILVA, Renata Baltar da
Palavras-chave: Candidemia; Fatores de risco; Terapia intensiva; Características epidemiológicas; Pacientes críticos
Data do documento: 28-Jun-2017
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Abstract: Candidemias são infecções fúngicas caracterizadas pela presença de espécies de Candida na corrente sanguínea de pacientes. Cerca de 38% das infeções fúngicas são diagnosticadas durante a permanência de pacientes em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). O objetivo deste trabalho foi descrever as características epidemiológicas das candidemias e determinar os principais fatores de risco da doença em pacientes críticos. Este estudo prospectivo, transversal e observacional foi desenvolvido de janeiro de 2015 a julho de 2016, através da análise descritiva dos resultados de hemoculturas e da revisão dos prontuários médicos de pacientes internados na UTI de um Hospital Público Terciário do Nordeste do Brasil. Foram incluídos no estudo aqueles pacientes com sinais e sintomas de sepse, que tiveram um resultado confirmado de candidemia em hemocultura. Ocorreram 1.573 admissões no período estudado e 4.129 hemoculturas foram realizadas. A incidência de candidemia foi de 42,59 casos para cada 1000 admissões na UTI. A maioria dos pacientes era do sexo masculino (53,3%), com idade superior a 65 anos e permaneceram internados por período prolongado superior a 7 dias (86,6%). A infecção por Candida não-albicans foi predominante em 60% das hemoculturas. A mortalidade encontrada foi de 80% dos pacientes com candidemia. Antibioticoterapia de largo espectro foi prescrita em 98,4% dos pacientes. Entre os diagnósticos observados, sepse (73,3%), doença respiratória (60%) e doença do trato urinário (56,6%) foram os mais frequentes tanto em homens, quanto em mulheres, além de presença de tumores sólidos (15%) e doenças do trato gastrointestinal (23,3%). Procedimentos cirúrgicos foram realizados em 43% dos pacientes. Destes, 23,3% foram submetidos a cirurgias abdominais e tiveram mortalidade de 92,8%. Outros fatores de risco foram acesso venoso central (93,3%), ventilação mecânica (81,6%), sonda nasoenteral (83,3%), sonda nasogástrica (25%), sonda vesical de demora (88,3%), diabetes mellitus (38,3%), hemotransfusão (55%) e traqueostomia (36,6%). Os resultados sugerem que existe uma correlação positiva entre a presença de sonda vesical e o desfecho clínico de óbito (r = 0.07412, p = 0.0353). Observa-se a necessidade de uma adequada interação entre as equipes multidisciplinares assistenciais de cuidados intensivos, para um controle de infecções e diagnóstico laboratorial, que deve ser associado a suspeita de um diagnóstico clínico e a determinação de fatores de risco, de colonização por Candida spp. e da gravidade do quadro clínico para um desfecho mais favorável.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25581
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado - Patologia

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