Skip navigation
Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/66071

Compartilhe esta página

Título: Uso de sítio de quebra pelo macaco-prego-galego (Sapajus flavius) na caatinga
Autor(es): MADRUGA, Maria Gabriella Rufino
Palavras-chave: Uso de ferramenta; Primata; Adaptação
Data do documento: 13-Ago-2025
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Citação: MADRUGA, Maria Gabriella Rufino . Uso de sítio de quebra pelo macaco-prego-galego (Sapajus flavius) na caatinga. 2025. Dissertação (Mestrado em Biologia Animal) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2025.
Abstract: O macaco-prego-galego (Sapajus flavius) é uma espécie Ameaçada e endêmica do Nordeste do Brasil. Embora sua distribuição inicialmente estivesse restrita à Mata Atlântica, atualmente sabe-se da ocorrência de populações também na Caatinga, onde exibem o comportamento de uso de pedra como ferramenta. Esta dissertação teve como objetivo investigar o padrão de uso dessas ferramentas pelo macaco-prego-galego na Caatinga alagoana e compreender como características da paisagem local influenciam o reuso dos sítios de quebra. Durante dez meses de trabalho de campo, duas trilhas foram percorridas, resultando no mapeamento e quantificação de 215 bigornas e 247 martelos utilizados pelo macaco-prego-galego. Em média, as bigornas apresentaram um comprimento de 470 (± 57 cm) cm e largura de 600 (± 500 cm). Já os martelos, o comprimento médio foi de 91 (± 36 mm) cm, largura média 66 (±36 mm), espessura 41 (± 52 mm), e peso média de 337 (± 483 g). As bigornas foram significativamente mais compridas que os martelos, todavia não houve diferença significativa para a largura. A maioria dos restos de alimento utilizados pelo macaco-prego-galego encontrados nas bigornas foram classificados como antigos (91%); e as espécies mais comuns foram Cnidoscolus quercifolius (77,3%) e Terminalia catappa (22,7%). Os martelos utilizados para quebrar T. catappa apresentaram largura, espessura e peso significativamente maiores do que os usados para C. quercifolius. Para compreender o reuso dos sítios, foram delimitadas áreas de amostragem ao redor dos sítios a partir de 10 transectos medindo 50 m. Nestes, foram registradas a densidade de árvores (793,33 indivíduos/ha), área basal (20,54 m2/ha), disponibilidade de frutos comestíveis no solo (média = 4 ± 7), pedras disponíveis no solo (média = 307 ± 172 un.) e distância de fontes de água (média = 181,6 ± 161,1 m). A abundância total de sítios reutilizados foi 72, com média de 2,05 ± 1,74 por área amostrada. Modelos Lineares Generalizados (GLM) revelaram que a área basal das árvores correlacionou positivamente com a abundância de sítios reutilizados. Portanto, áreas com árvores que apresentam uma alta quantidade de alimento disponível favorecem a abundância de sítios reutilizados pelo macaco- prego-galego. Esses resultados evidenciam que a estrutura da vegetação influencia diretamente o comportamento. Esse estudo fornece subsídios importantes para estratégias de conservação, destacando a relevância da estrutura da vegetação e da disponibilidade de recursos na manutenção do comportamento de uso de ferramentas pelo grupo de macaco-prego-galego na Caatinga.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/66071
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado - Biologia Animal

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
DISSERTAÇÃO Maria Gabriella Rufino Madruga.pdf2,17 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Este arquivo é protegido por direitos autorais



Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons