DISFUNÇÕES SEXUAIS E O PAPEL DA EDUCAÇÃO SEXUAL JUNTO À PESSOA IDOSA

Abstract

Introdução: A sexualidade na velhice permanece marcada por estigmas sociais, silenciamentos e desinformação, o que compromete o bem-estar e a qualidade de vida da pessoa idosa. Disfunções sexuais comuns nessa fase da vida são naturalizadas e comumente negligenciadas pelos serviços de saúde. Nesse contexto, a educação sexual surge como uma ferramenta potencial para promover autonomia, compreensão e enfrentamento dessas questões. Método: Foi realizada revisão bibliográfica. Após a busca em bases de dados, leitura de títulos e resumos, foram selecionados 7 estudos que abordam a sexualidade na velhice, a educação sexual como estratégia de cuidado e a atuação da Terapia Ocupacional frente às disfunções sexuais, dialogando com os objetivos do estudo. Resultados: Os estudos analisados apontam que os principais desafios enfrentados pela pessoa idosa envolvem tabus, falta de informação, dificuldades de diálogo e ausência de políticas públicas sensíveis à sexualidade. A Enfermagem traz contribuições por meio de ações educativas, enquanto a Terapia Ocupacional reconhece a sexualidade como ocupação, embora ainda necessite de estratégias práticas efetivas. Conlusão: A educação sexual se mostra essencial para promover autonomia, enfrentamento de disfunções sexuais e valorização da sexualidade na velhice. A Terapia Ocupacional reconhece essa dimensão como parte das Atividades de Vida Diária, mas ainda carece de estratégias práticas que integrem o tema ao cuidado. Reforça-se a importância de ampliar ações interdisciplinares que incluam a sexualidade como parte legítima do cuidado integral à pessoa idosa.