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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/65925
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Título: | Perfil epidemiológico e modelagem temporal e espacial da carga da hanseníase no Brasil : um estudo ecológico de 21 anos |
Autor(es): | PAZ, Wandklebson Silva da |
Palavras-chave: | Carga Global de Doença; Análise Espacial; Mortalidade; Anos de Vida Ajustados por Incapacidade; Coeficiente de Detecção |
Data do documento: | 16-Mai-2025 |
Editor: | Universidade Federal de Pernambuco |
Citação: | PAZ, Wandklebson Silva. Perfil epidemiológico e modelagem temporal e espacial da carga da hanseníase no Brasil: um estudo ecológico de 21 anos. 2025. Tese (Doutorado em Medicina Tropical) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2025. |
Abstract: | Introdução: A hanseníase é uma doença infecciosa crônica que persiste como um grave problema de saúde pública no Brasil, especialmente nas regiões mais vulneráveis. Apesar da redução no número de casos em algumas áreas, a doença mantém padrões de distribuição espacial heterogêneos, associados a fatores socioeconômicos e à pobreza. A análise dos padrões temporais e espaciais é essencial para compreender a dinâmica da hanseníase no país e subsidiar ações mais eficazes de controle. Objetivo: Analisar o perfil sociodemográfico, clínico e epidemiológico da população acometida pela hanseníase, juntamente com a avaliação temporal, espacial e espaço-temporal da doença e de sua carga nos municípios brasileiros entre 2001 e 2021. Materiais e métodos: Realizou-se um estudo ecológico e de base populacional utilizando dados de hanseníase dos 5.570 municípios brasileiros. Foram realizadas s análises temporais com o modelo de regressão segmentada Joinpoint para identificar tendências ao longo do tempo. As análises espaciais foram realizadas utilizando o Estimador Bayesiano Empírico Local para minimizar a instabilidade causada pela flutuação aleatória de casos e pelo Índice de Moran Global e Local para avaliar a autocorrelação espacial. A análise espaço-temporal foi feita através da estatística de varredura para identificação de clusters de risco. Além disso, foi estimada a carga de doença pelos Anos de Vida Ajustados por Incapacidade (DALYs), combinando anos de vida perdidos (YLL) e anos vividos com incapacidade (YLD). Resultados: O coeficiente médio de detecção de hanseníase no Brasil foi de 19,36 casos por 100.000 habitantes, com maior ocorrência entre os homens (21,29/100.000 hab.) e na faixa etária de 60 a 69 anos (36,31/100.000 hab.). Observou-se uma tendência temporal decrescente do coeficiente de detecção no país (APC: - 5,20% ao ano), embora tenha havido aumento proporcional dos casos multibacilares (MB), especialmente nas regiões Norte e Centro-Oeste. A hanseníase apresentou ampla distribuição espacial em todo o Brasil, com formação de aglomerados espaço-temporais de alto risco, principalmente nas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste. Em relação a carga, houve um agrupamento concentrado e substancial de municípios de alto risco, nas mesmas regiões, indicando distribuição espacial da doença não é aleatória. Embora a carga geral da hanseníase tenha diminuído ao longo nesse intervalo de tempo, essas regiões mantiveram valores elevados em comparação às regiões Sul e Sudeste. A carga da doença impactou principalmente homens e indivíduos de faixas etárias mais velhas. Além disso, o principal componente do DALY da hanseníase foi o YLL, indicando um impacto significativo da mortalidade associada à doença. Conclusão: Apesar da tendência geral de redução, o Brasil ainda é considerado altamente endêmico para hanseníase, com aumento proporcional de casos multibacilares e padrões regionais preocupantes. A carga da doença permanece expressiva, sobretudo nas regiões mais pobres, reforçando a necessidade de fortalecer a vigilância epidemiológica, ampliar o acesso ao diagnóstico precoce e adotar medidas que aumentem a eficiência dos serviços de saúde e a integração dos níveis de assistência. As intervenções devem ser adaptadas às especificidades locais para assegurar maior efetividade no controle da doença e na redução de suas consequências sociais e sanitárias. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/65925 |
Aparece nas coleções: | Teses de Doutorado - Medicina Tropical |
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