Panorama bibliométrico sobre as principais políticas e práticas de segurança cibernética em plataformas de telemedicina.

Abstract

Nos últimos anos, os ambientes organizacionais passaram a adotar, de forma crescente, as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) como ferramentas de suporte aos processos operacionais, gerenciais e estratégicos. No setor de serviços, destaca-se a ampliação do uso da plataforma web como meio para comunicação, divulgação e armazenamento de informações, especialmente na área da saúde. Nesse contexto, a telemedicina surge como alternativa eficiente para o atendimento remoto de pacientes por meio de dispositivos computacionais e sistemas digitais. Essa modalidade permite que unidades e centros médicos realizem diagnósticos e acompanhamentos a distância, promovendo maior acesso à assistência médica, inclusive em regiões remotas. Um dos principais benefícios desse modelo é o compartilhamento de dados clínicos entre diferentes profissionais, possibilitado por sistemas informatizados com acesso em rede. No entanto, o uso intensivo dessas tecnologias levanta preocupações quanto à privacidade, confidencialidade e segurança das informações sensíveis dos pacientes. Assim, torna-se necessário implementar políticas específicas de segurança da informação para garantir a integridade e a proteção dos dados envolvidos. O presente trabalho tem como objetivo realizar um levantamento bibliográfico sobre as principais políticas de segurança da informação adotadas em sistemas de telemedicina, analisando criticamente sua adequação ao contexto dos centros médicos brasileiros. O trabalho foi realizado a partir de uma análise bibliométrica na base de dados Scopus Elsevier, no recorte temporal de 1994 até 2022, a partir das análises, observou-se que de 2013 a 2016, os resultados indicam que as medidas de segurança eram mais básicas, demonstrando que era mais simples acessar seus arquivos em uma curva elíptica significava, já que toda a sua rede poderia ser considerada uma chave pública. Já no intervalo de 2017 a 2019, outras tecnologias foram desenvolvidas, como blockchain e criptografia homomórfica. Isso levou a uma integridade e privacidade maior dos dados. Nos últimos anos (2020-2022), a inteligência artificial combinada com o pensamento de zero trust (confiança zero) permitiu a avaliação de riscos em tempo real e uma melhor proteção das informações. Tal evolução vem de um esforço contínuo para equilibrar os sistemas de telemedicina, de modo a garantir que os dados estejam seguros enquanto o desempenho operacional permanece alto. Desse modo essa pesquisa busca contribuir para o debate sobre a segurança digital na saúde, destacando a importância de práticas normativas, técnicas e éticas que assegurem a confiança, segurança na coleta, transmissão e a eficácia dos atendimentos mediados por tecnologia.