ANALYSIS OF ORAL PRACTICE IN THE TEACHING OF ENGLISH AS A FOREIGN LANGUAGE

Abstract

A implementação da Oralidade na educação básica pernambucana é um direito assegurado pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) (2018) e pelos Parâmetros Curriculares de Pernambuco (PCPE) (2013). Entretanto, embora um grande número de estudos tenha sido realizado para a investigação dos gêneros textuais, pouco tem sido explorado sobre o uso dos gêneros orais no ensino e aprendizagem básica do inglês como língua estrangeira no Brasil. Este artigo, nesse sentido, tem como objetivo analisar o uso dos gêneros orais e a prática da Oralidade em uma turma inserida em uma Escola Pública de segundo ano do ensino médio, a fim de compreender se a Oralidade é praticada ou não e, em caso afirmativo, a principais dificuldades enfrentadas pelo professor e pelos alunos na elaboração das práticas orais. O referencial teórico desta pesquisa baseia-se na noção de gênero apresentada por Bakhtin (2016) e nas contribuições de Schneuwly e Dolz (2004) sobre o ensino de línguas baseado em gêneros textuais. O artigo se apoia nos trabalhos de Dolz-Mestre e Gagnon (2015) e Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004) sobre a noção de modelo didático de gênero e o desenvolvimento de sequências didáticas. A pesquisa traz ainda os trabalhos de Machado e Cristovão (2016) e Marques (2023) como contribuições para a compreensão da implementação da Oralidade em sala de aula. O corpo consiste em uma entrevista transcrita realizada com o professor de inglês, (b) bem como um questionário aplicado com os alunos de inglês da turma em questão, (c) e a análise de uma atividade oral realizada pelo professor. Os resultados indicam que o professor compreende a necessidade de implementar a prática oral aliada ao uso de gêneros. Porém, vários fatores são impeditivos ao desenvolvimento da prática. A conclusão deste artigo é que a prática da Oralidade na escola pública continua sendo um desafio pelos diversos motivos acima mencionados, principalmente pelo fato de os gêneros orais não serem bem desenvolvidos na educação básica. Nesse sentido, são necessárias mais pesquisas sobre as vantagens da implementação dos gêneros orais e do uso da Oralidade para compreender os impactos de tais práticas no processo de aprendizagem da língua em sala de aula.