Skip navigation
Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/63807

Compartilhe esta página

Título: Avaliação da dose ocupacional e da dose em pacientes pediátricos durante procedimentos em cardiologia intervencionista
Autor(es): ROBERTO, Maryanna Regina de Souza
Palavras-chave: Dosimetria ocupacional; Cardiologia intervencionista pediátrica; Proteção radiológica; Dosimetria de pacientes pediátricos
Data do documento: 17-Fev-2025
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Citação: ROBERTO, Maryanna Regina de Souza. Avaliação da dose ocupacional e da dose em pacientes pediátricos durante procedimentos em cardiologia intervencionista. 2025. Dissertação (Mestrado em Tecnologias Energéticas e Nucleares,) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2025.
Abstract: As radiações ionizantes são fundamentais para o avanço diagnóstico e terapêutico na medicina. No contexto do intervencionismo cardíaco pediátrico, essencial para pacientes cardiopatas, busca-se reduzir a invasividade, promovendo uma recuperação mais rápida e menores riscos. Entretanto, apesar dos benefícios, os procedimentos intervencionistas geralmente envolvem o uso prolongado de fluoroscopia, expondo pacientes e trabalhadores a riscos radiológicos. Este trabalho apresenta os resultados da avaliação da dose ocupacional em profissionais de saúde, a estimativa da dose absorvida pelos pacientes e a análise dos parâmetros de irradiação dos equipamentos utilizados em intervenções cardíacas percutâneas. O estudo foi conduzido entre março de 2023 e agosto de 2024, em dois hospitais de referência na cidade de Recife, Pernambuco. Foram analisados 131 procedimentos, avaliando-se a dose em pacientes por faixa etária, dividida em quatro faixas e a dosimetria ocupacional avaliada individualmente, em procedimentos diagnósticos e de tratamento. Os procedimentos foram realizados por meio dos angiográfos da Philips (modelo Azurion 7) e da Siemens (modelo Artis Zee Ceiling), com detectores flat panel. Durante as intervenções, foram registrados parâmetros de irradiação e informações como o número de imagens, tempo de exame e fluoroscopia. Além de grandezas dosimétricas como kerma no ar no ponto de referência (Ka,r) e produto kerma ar-área (PKA). Os resultados da dosimetria de pacientes resultaram em valores de Ka,r variaram entre 14-932 mGy na Instituição I e de 35 a 1.111 mGy na Instituição II. Para o PKA, os valores oscilaram entre 0,48 e 95,2 Gy.cm2 na Instituição I, enquanto na Instituição II variaram de 0,69-130,5 Gy.cm2. Para a dosimetria ocupacional, foram utilizados dosímetros termoluminescentes nas regiões dos olhos e nas mãos das médicas, além de dosímetros posicionados sobre o tórax e na região da tireoide, com o objetivo de estimar a dose efetiva. Os resultados indicaram que, nas instituições avaliadas, a médica I pode exceder o limite anual de 20 mSv na região dos olhos após realizar 4 procedimentos por semana, enquanto a médica II alcança esse limite após 3 procedimentos semanais. É importante destacar que, mensalmente, são realizados, no mínimo, 20 procedimentos cirúrgicos. Os maiores valores de equivalente de dose pessoal Hp(d) observados neste estudo foram registrados durante procedimentos de tratamento. Para a médica I, as doses máximas alcançaram 925 μSv na Instituição I e 1.138 μSv, na Instituição II. Já para a médica II, os valores máximos foram de 1.298 μSv, na Instituição I e 854 μSv na Instituição II em cirurgias distintas. Em relação à dose efetiva, calculada pelo algoritmo proposto por von Boetticher et al. (2010), as maiores médias foram registradas na Instituição I para a médica I e II, durante cirurgias de tratamento, 9,6 μSv e 6,3 μSv por procedimento, respectivamente. Na Instituição II, as doses efetivas médias foram de 22,8 μSv por procedimento e para a médica I e 10,6 μSv por procedimento para a médica II. Os resultados apontam que procedimentos intervencionistas, mesmo em pacientes pediátricos, estão associados a exposições ocupacionais significativas, sendo assim, medidas de radioproteção precisam ser implementadas a fim de otimizar as doses recebidas pelos pacientes e profissionais.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/63807
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado - Tecnologias Energéticas e Nucleares

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
DISSERTAÇÃO Maryanna Regina de Souza Roberto.pdf3,23 MBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Este arquivo é protegido por direitos autorais



Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons