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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/63791
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Título: | Avaliação da resposta fisiológica do fitoplâncton costeiro ao óleo |
Autor(es): | JANNUZZI, Luiz Gustavo de Sales |
Palavras-chave: | Derrame de óleo;; HPAs;; dinoflagelados;; microalgas;; corais. |
Data do documento: | 24-Fev-2025 |
Editor: | Universidade Federal de Pernambuco |
Citação: | JANNUZZI, Luiz Gustavo de Sales. Avaliação da resposta fisiológica do fitoplâncton costeiro ao óleo. 2025. Dissertação (Mestrado em Oceanografia) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2025. |
Abstract: | Derrames de óleo são fontes pontuais que introduzem grandes quantidades de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs) nos ambientes marinhos, que possuem potencial mutagênico e carcinogênico, causando danos a estrutura celular e populacional dos produtores primários marinhos, o fitoplâncton. Espécies de fitoplâncton que vivem em ambientes oligotróficos tendem a ser menos resistentes do que as de ambientes eutróficos. Assim, este trabalho tem como objetivo avaliar e comparar a capacidade de tolerância de uma espécie de ambiente oligotrófico (Durusdinium glynnii) e uma espécie de ambiente eutrófico (Isochrysis galbana) durante e após contaminação por óleo, mediante 3 experimentos, um de contaminação por HPAs, um de recuperação e outro de estresse a salinidade. As microalgas foram cultivadas em 6 diluições da fração solúvel em água do óleo com monitoramento da densidade populacional e taxas de crescimento, além da assinatura isotópica do δ 13C das culturas. As culturas foram submetidas a condições fora do seu crescimento ótimo (i.e. salinidade 15) para avaliar a capacidade de tolerância a estressores pós contaminação por óleo. O aumento da concentração de HPAs causou uma diminuição da taxa de crescimento nas duas espécies. A diminuição de 50% na taxa de crescimento (EC50) de D. glynnii foi registrado como EC50 = 536,26 ng L-1 , enquanto uma estimativa do EC50 de I. galbana resultou em uma concentração de 669 ng L-1 .As assinaturas isotópicas do δ 13C das duas espécies foram menos enriquecidas e próximas a assinatura do óleo (-27.13 ‰), indicando um acúmulo dos compostos orgânicos do óleo nas células, sendo de forma ativa, devido as razões estáveis de C:N, visto que valores maiores de razões C:N indicam adsorção nas paredes celulares. I. galbana apresentou uma recuperação total das suas taxas de crescimento e das assinaturas isotópicas de 13C após a contaminação em 7 gerações, apesar das assinaturas de 13C se tornarem mais positivas do que as do tratamento controle, o que pode indicar atividade enzimática para biodegradação/biotransformação de HPAs. O aumento da concentração de HPAs não causou mudanças na aptidão competitiva de I. galbana, que permaneceu com uma alta tolerância a variação de salinidade. Os valores de EC50 obtidos neste trabalho fazem jus as afirmações de que microalgas que vivem em ambientes eutróficos são mais resistentes do que a de ambientes oligotróficos. Dados deste e outro estudo com experimentos nas mesmas condições de cultivo (i.e. temperatura, salinidade e iluminação) indicam que as duas espécies possuem capacidade de recuperação aos impactos causados pelos HPAs em taxas diferentes, sendo I. galbana a espécie que possui a recuperação mais rápida. Os resultados apresentados fornecem uma contribuição significativa no entendimento da resistência e resiliência entre espécies de ambientes oligotróficos e eutróficos. A diminuição no crescimento de ambas pode sugerir vulnerabilidade dos dois ambientes a efeitos bottom-up na cadeia trófica local. Em um cenário global de crescente pressão sobre os oceanos, compreender como diferentes espécies respondem fisiologicamente ao óleo pode ser crucial para estratégias de conservação e para a preservação da biodiversidade marinha. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/63791 |
Aparece nas coleções: | Dissertações de Mestrado - Oceanografia |
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