Análise do impacto de diferentes tecnologias e topologias no desempenho econômico de uma usina de microgeração no modelo de negócio de locação de equipamentos

Abstract

Este estudo analisa a viabilidade econômica e as oportunidades de otimização do modelo de energia solar por assinatura, utilizando como base uma usina fotovoltaica de microgeração localizada no município de Pesqueira, no interior de Pernambuco. O objetivo foi avaliar o impacto de diferentes variáveis técnicas e econômicas sobre o retorno do investimento, considerando melhorias tecnológicas que possam maximizar a rentabilidade e reduzir os custos operacionais. Para isso, foram utilizadas métricas como Valor Presente Líquido (VPL), Taxa Interna de Retorno (TIR), Payback e Custo Nivelado de Energia (LCOE), além de simulações realizadas no software PVsyst. Foram testadas diferentes tecnologias e topologias, incluindo o uso de módulos bifaciais, otimizadores de potência, rastreadores solares e quantidades de módulos, variando o FDI, a fim de quantificar os efeitos dessas alterações no desempenho econômico do empreendimento. A comparação entre o cenário atual e os cenários otimizados permitiu identificar estratégias que viabilizam um maior retorno financeiro para investidores e operadores do modelo de energia solar por assinatura. Os resultados indicam que, em muitos casos, os investimentos adicionais em tecnologias de otimização não trouxeram ganhos econômicos significativos em comparação ao cenário base. Em particular, a implementação de rastreadores solares e otimizadores de potência mostrou-se economicamente inviável devido ao alto custo de aquisição e manutenção. No entanto, a ampliação do número de módulos fotovoltaicos, mantendo a tecnologia original, demonstrou benefícios econômicos, aumentando o fluxo de caixa acumulado e melhorando a atratividade do investimento, assim, aumentando a competitividade da energia solar frente ao mercado convencional. Além disso, o estudo contribui para o entendimento das premissas regulatórias e contratuais desse modelo de negócio no Brasil, fornecendo subsídios para empresas do setor e formuladores de políticas públicas. Dessa forma, a pesquisa reforça o potencial da energia solar por assinatura como uma alternativa sustentável e economicamente viável dentro do contexto da geração distribuída no país.