Por favor, use este identificador para citar o enlazar este ítem:
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/61954
Comparte esta pagina
Registro completo de metadatos
Campo DC | Valor | Lengua/Idioma |
---|---|---|
dc.contributor.advisor | SOUZA, Maria Medianeira de | - |
dc.contributor.author | MARQUES, Girllaynne Gleyka Bezerra dos Santos | - |
dc.date.accessioned | 2025-03-24T11:57:46Z | - |
dc.date.available | 2025-03-24T11:57:46Z | - |
dc.date.issued | 2024-03-01 | - |
dc.identifier.citation | MARQUES, Girllaynne Gleyka Bezerra dos Santos. Ironia como estratégia de (im)polidez nos debates presidenciais de 2018. 2024. Tese (Doutorado em Letras) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2024. | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/61954 | - |
dc.description.abstract | O uso de estratégias jocosas, entre as quais se destaca a ironia, para expressar discursos ofensivos tem sido frequente na contemporaneidade, sobretudo em contextos políticos, pela capacidade de se normalizar essas expressões (Wodak; Culpeper; Semino, 2021). Diante desse contexto, o presente trabalho investiga o papel da ironia na (im)polidez a partir dos debates presidenciais de 2018, por serem práticas simbólicas para outras ações políticas e serem afeitas à ironia (Aristóteles, 2007) e à (im)polidez (Tracy, 2017). No quadro investigativo, adota-se um conceito de ironia como uma estratégia discursiva, caraterizada por aresta crítica (Hutcheon, 2000) e associada ao dissenso e conflito (Culpeper; Hardaker, 2017). Já polidez e impolidez são vistas num continuum da (im)polidez (Eelen, 2001; Watts, 2003; Culpeper, 2011a), enquanto ações discursivas e seus efeitos de promover harmonia e/ou desarmonia da relação, o que vincula a (im)polidez aos quadros teóricos do gerenciamento do rapport (Spencer-Oatey, 2005) e do trabalho de face (Goffman, 2011). Amplia-se ainda o conceito de ironia para integrar os efeitos interacionais, como sua função de ofensa, elevação de status, controle emocional e humor (Dews; Kaplan; Winner, 2007), que podem coexistir, sobrepor-se num processo de tingimento (Colston, 2007) ou se cancelar (Tselika, 2015). Atenta-se que a multifuncionalidade é viabilizada pelo aspecto ambíguo oriundo da circunlocução irônica (Hutcheon, 2000), numa conjunção de traços cruciais que elucidam o papel da ironia na (im)polidez. Assim, aponta-se que, devido a multifuncionalidade, ambiguidade e circunlocução, a ironia se constitui como um recurso útil para os candidatos gerenciarem seu relacionamento com os demais participantes do debate profusamente e de acordo com seus interesses particulares. Então, a pesquisa analisa o papel da ironia como estratégia discursiva e seus efeitos de (im)polidez nos debates presidenciais de 2018. Para tanto, o corpus mais amplo se constituiu dos debates presidenciais televisionados de 2018, construindo uma amostra das 113 interações com usos de ironia, que foi, inicialmente, tratada quantitativamente para sistematizar a conexão da ironia e (im)polidez. Em seguida, para associar as funções da ironia a seus efeitos no gerenciamento do rapport, sucedeu-se à análise interpretativa, situada e interacional de 16 interações irônicas, baseando a discussão em pistas de contextualização, reações e discursos presentes na interação e sugestivos de como a ironia foi compreendida e avaliada em termos de (im)polidez. A pesquisa recorreu a abordagens discursivas e pragmáticas da ironia e (im)polidez, notadamente a Sociolinguística Interacional, refletindo ainda sobre aspectos da comunicação na política. Os resultados indicam que um uso mais de frequente de ironia em interações conflituosas, o que atesta sua associação a situações de dissenso. Foi notável ainda o papel de ironia no trabalho de face, pois, mesmo casual, a ironia foi usada em contextos harmoniosos, evidenciando a importância das demais 8 funções da ironia, como o humor e a elevação de status. Dessa forma, a ironia atuou, nos debates eleitorais de 2018, como um recurso de crítica, catalisando ocorrências de impolidez, mas desempenhou papel relevante para o trabalho de face, em situações conflituosas e equilibradas, demonstrando sua relevância para o gerenciamento do rapport em diversas direções. | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.publisher | Universidade Federal de Pernambuco | pt_BR |
dc.rights | openAccess | pt_BR |
dc.rights.uri | http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ | * |
dc.subject | Ironia | pt_BR |
dc.subject | (Im)polidez | pt_BR |
dc.subject | Debates eleitorais | pt_BR |
dc.subject | Gerenciamento do rapport | pt_BR |
dc.title | Ironia como estratégia de (im)polidez nos debates presidenciais de 2018 | pt_BR |
dc.type | doctoralThesis | pt_BR |
dc.contributor.advisor-co | BARRETO FILHO, Ricardo Ríos | - |
dc.contributor.authorLattes | http://lattes.cnpq.br/0641585445040183 | pt_BR |
dc.publisher.initials | UFPE | pt_BR |
dc.publisher.country | Brasil | pt_BR |
dc.degree.level | doutorado | pt_BR |
dc.contributor.advisorLattes | http://lattes.cnpq.br/5875520624340562 | pt_BR |
dc.publisher.program | Programa de Pos Graduacao em Letras | pt_BR |
dc.description.abstractx | The use of jocular strategies, among which irony stands out, to express offensive speeches has been frequent in contemporary times, especially in political contexts, due to the ability to normalize these expressions (Wodak; Culpeper; Semino, 2021). Given this context, this paper investigates the role of irony in (im)politeness based on the 2018 presidential debates, as they are symbolic practices for other political actions and are prone to irony (Aristotle, 2007) and (im)politeness (Tracy, 2017). In the investigative framework, a concept of irony is adopted as a discursive strategy, characterized by a critical edge (Hutcheon, 2000) and associated with dissent and conflict (Culpeper; Hardaker, 2017). Politeness and impoliteness are seen on a continuum of (im)politeness (Eelen, 2001; Watts, 2003; Culpeper, 2011a), as discursive actions and their effects of promoting harmony and/or disharmony in the relationship, which links (im)politeness to the theoretical frameworks of rapport management (Spencer-Oatey, 2005) and face work (Goffman, 2011). The concept of irony is also expanded to include interactional effects, such as its function of offense, elevation of status, emotional control and humor (Dews; Kaplan; Winner, 2007), which can coexist, overlap in a dyeing process (Colston, 2007) or cancel each other out (Tselika, 2015). It is important to note that multifunctionality is made possible by the ambiguous aspect arising from ironic circumlocution (Hutcheon, 2000), in a conjunction of crucial features that elucidate the role of irony in (im)politeness. Thus, it is pointed out that, due to multifunctionality, ambiguity and circumlocution, irony constitutes a useful resource for candidates to manage their relationship with the other participants in the debate profusely and according to their particular interests. Therefore, the research analyzes the role of irony as a discursive strategy and its effects of (im)politeness in the 2018 presidential debates. To this end, the broader corpus consisted of the 2018 televised presidential debates, constructing a sample of 113 interactions with uses of irony, which was initially treated quantitatively to systematize the connection between irony and (im)politeness. Then, to associate the functions of irony with its effects on rapport management, an interpretative, situated and interactional analysis of 16 ironic interactions followed, basing the discussion on contextualization clues, reactions and discourses present in the interaction and suggestive of how irony was understood and evaluated in terms of (im)politeness. The research used discursive and pragmatic approaches to irony and (im)politeness, notably Interactional Sociolinguistics, also reflecting on aspects of communication in politics. The results indicate a more frequent use of irony in conflictual interactions, which attests to its association with situations of dissent. The role of irony in face work was also notable, as, even casually, irony was used in harmonious contexts, highlighting the importance of other functions of irony, such 10 as humor and status elevation. Thus, irony acted, in the 2018 electoral debates, as a resource for criticism, catalyzing occurrences of impoliteness, but it played a relevant role in face work, in conflicting and balanced situations, demonstrating its relevance for managing rapport in several directions. | pt_BR |
dc.contributor.advisor-coLattes | http://lattes.cnpq.br/0536886147259019 | pt_BR |
Aparece en las colecciones: | Teses de Doutorado - Linguística |
Ficheros en este ítem:
Fichero | Descripción | Tamaño | Formato | |
---|---|---|---|---|
TESE Girllaynne Gleyka Bezerra dos Santos Marques.pdf | 4,99 MB | Adobe PDF | ![]() Visualizar/Abrir |
Este ítem está protegido por copyright original |
Este ítem está sujeto a una licencia Creative Commons Licencia Creative Commons