Práticas de enfermagem frente à saúde de pacientes vítimas de violência doméstica na atenção primária : Revisão Integrativa de literatura

Abstract

O estudo objetivou realizar uma revisão integrativa de literatura sobre o conhecimento e as práticas da enfermagem acerca do atendimento de pacientes vítimas de violência doméstica, através de uma revisão integrativa da literatura em bases e bancos de dados BVS, Periódicos Capes e PubMed,, através de estratégias de buscas de dados utilizando descritores controlados e não controlados, a saber: “enfermeiros e enfermeiras”, “enfermeiros de saúde da família”, “enfermeiros de saúde pública”, “atenção primária à saúde”, “enfermagem de atenção primária”, “Violência doméstica”, “enfermagem forense”, “conhecimento”. Identificou-se inicialmente 2.137 artigos, sendo 766 selecionados após aplicação dos critérios de inclusão. Após análise de títulos e resumos, 13 artigos foram incluídos na amostra final. A maioria dos artigos analisados era brasileira (84,6%), em português (76,9%), e na área de enfermagem (92,3%). Cerca de 53,8% abordaram violência doméstica de maneira geral. A revisão de literatura foi o método prevalente (30,8%), com amostra por conveniência (38,5%) e tamanho médio de 10 a 20 indivíduos/artigos. A falta de preparo dos enfermeiros para lidar com a violência doméstica e a ausência de protocolos específicos foram destaque nos achados da maioria dos estudos. A lacuna na formação dos profissionais de enfermagem em relação à violência doméstica, resultando em insegurança no atendimento às vítimas, sendo apontados como desafios. A violência contra a mulher foi evidenciada como um problema global, destacando sua gravidade e prevalência no Brasil. A falta de preparo dos profissionais de enfermagem para lidar com violência doméstica compromete a qualidade do atendimento e aumenta a vulnerabilidade das vítimas. Protocolos institucionais e educação permanente são cruciais para garantir cuidados eficazes e promover uma cultura sensível à violência contra a mulher nas instituições de saúde. A capacitação dos profissionais e a implementação de protocolos institucionais são sugeridas como maneiras de melhorar a detecção precoce e o cuidado adequado às vítimas.