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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/57563

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dc.contributor.advisorMULLER, Marius Nils-
dc.contributor.authorVIDAL, Thales Jean-
dc.date.accessioned2024-08-26T14:18:58Z-
dc.date.available2024-08-26T14:18:58Z-
dc.date.issued2024-02-26-
dc.identifier.citationVIDAL, Thales Jean. Variação espacial da mortalidade e recuperação de Millepora alcicornis após evento de branqueamento no complexo recifal costeiro de Tamandaré, Atlântico Sul Ocidental. 2024. Dissertação (Mestrado em Oceanografia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2024.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/57563-
dc.description.abstractOs recifes de corais estão sofrendo globalmente com o aumento da frequência e intensificação dos grandes eventos de anomalias térmicas nos oceanos. Neste contexto, até recifes que antes eram considerados mais resistentes a tais oscilações térmicas, apresentaram elevadas taxas de mortalidade no último grande evento de branqueamento em massa (2019/2020). Dessa forma, a compreensão e gestão das características ambientais locais vem se tornando uma das principais alternativas para aumentar a resiliência e promover a recuperação desses ecossistemas. Condições de qualidade da água, taxa de sedimentação, características geomorfológicas (e.g. profundidade, distância da costa), competição com outros organismos e regime de proteção, nas quais os organismos estão inseridos, podem ser determinantes nos impactos pós branqueamento, influenciando nas taxas de mortalidade ou recuperação dos corais. Sendo assim importante a compreensão integrada das mesmas, em conjunto com a quantificação dos impactos gerados pelo branqueamento. Buscando colaborar com o esforço científico voltado para tal problemática, no presente estudo, apresentamos uma visão ampla sobre os padrões de mortalidade e recuperação do hidrocoral Millepora alcicornis, pós evento de branqueamento em massa de 2019/2020, associados a variáveis espaciais e ambientais em um complexo recifal costeiro localizado na costa nordeste do Brasil. Os percentuais de mortalidade foram apresentados e correlacionados com variáveis espaciais (profundidade, distância da costa e zonação recifal (topo, crista e fundo)), morfológica (tamanho das colônias) e de regime de proteção (área fechada x área aberta). Além disso, descrevemos por quais organismos os esqueletos mortos estão sendo colonizados e como a perda da cobertura viva de Millepora alcicornis interage com as populações de peixes e ouriços. Apresentamos ainda uma caracterização da qualidade da água e taxa de sedimentação ao longo de um gradiente de distanciamento das principais fontes fluviais da região, discutindo de que forma as mesmas interferem nos processos de resistência e recuperação das populações de corais observadas pós situações de estresse térmico. Foi possível identificar que, colônias localizadas no topo dos recifes, em menores profundidades e mais próximas da costa, sofreram mais com o evento de branqueamento de 2019/2020, apresentando taxas de mortalidade que chegaram a mais de 90% em alguns recifes. Os nutrientes dissolvidos e clorofila-a, apresentaram baixa variação espacial e alta variação sazonal no complexo recifal, sendo relatada água com características oligotróficas durante todo o período de amostragem. A razão N:P mostrou potencial de moldar as espécies de algas colonizadoras dos esqueletos mortos, podendo impulsionar a colonização de organismos não formadores de recife e dificultar a recuperação dos corais e hidrocorais. Em relação às taxas de sedimentação, foram encontrados valores elevados, que diferiram dos padrões observados nos mesmos locais há 17 anos (baseado no estudo de Cavalcante de Macedo, 2009). A sazonalidade dos padrões de sedimentação é elevada, estando associados à ressuspensão de partículas pelas ondas e aporte de novo material terrígeno com o aumento das chuvas e descargas fluviais. O sedimento coletado pelas armadilhas apontou para o aporte de sedimento siliciclástico e maior presença de grãos com característica lamosa (<63 mm). A presença de LABs no sedimento foi analisada tendo sido possível identificar aporte de efluentes domésticos durante todo o ano para o complexo recifal, sendo este mais expressivo nos recifes mais próximos à saída dos rios. Os resultados encontrados indicam uma maior vulnerabilidade dos hidrocorais à mortalidade, pós estresse térmico, em recifes mais próximos da costa e em baixas profundidades. O cenário de impactos crônicos diminui a capacidade de recuperação natural e induz elevadas taxas de mortalidade. O investimento e implementação de iniciativas de restauração passiva e ativa deve ser guiado pelas variações espaciais, bem como considerar a intensificação do monitoramento e mitigação de fonte de impactos crônicos pela gestão local, para o maior fortalecimento destes ecossistemas face a mudanças climáticas e a manutenção dos importantes serviços ecossistêmicos para a região.pt_BR
dc.description.sponsorshipFACEPEpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Pernambucopt_BR
dc.rightsembargoedAccesspt_BR
dc.rightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/*
dc.subjectOceanografiapt_BR
dc.subjectBranqueamentopt_BR
dc.subjectQualidade da águapt_BR
dc.subjectMortalidadept_BR
dc.subjectMillepora alcicornispt_BR
dc.titleVariação espacial da mortalidade e recuperação de Millepora alcicornis após evento de branqueamento no complexo recifal costeiro de Tamandaré, Atlântico Sul Ocidentalpt_BR
dc.typemasterThesispt_BR
dc.contributor.advisor-coFERREIRA, Beatrice Padovani-
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/8474180698054541pt_BR
dc.publisher.initialsUFPEpt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.degree.levelmestradopt_BR
dc.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/6420196030530241pt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pos Graduacao em Oceanografiapt_BR
dc.description.abstractxCoral reefs are globally suffering from the increasing frequency and intensification of large ocean thermal anomaly events. In this context, even reefs that were once considered more resistant to such thermal fluctuations have shown high mortality rates in the last major mass bleaching event (2019/2020). Therefore, understanding and managing local environmental characteristics have become one of the main alternatives to increase resilience and promote the recovery of these ecosystems. Water quality conditions, sedimentation rate, geomorphological characteristics (e.g., depth, distance from the coast), competition with other organisms, and protection regime in which organisms are inserted can be determining factors in post-bleaching impacts, influencing coral mortality rates or recovery. Thus, an integrated understanding of these factors, together with quantification of the impacts generated by bleaching, becomes important. Seeking to contribute to the scientific effort focused on this issue, the present study provides a broad overview of mortality and recovery patterns of the hydrocoral Millepora alcicornis following the 2019/2020 mass bleaching event, associated with spatial and environmental variables in a coastal reef complex located on the northeast coast of Brazil. Mortality percentages were presented and correlated with spatial variables (depth, distance from the coast, and reef zonation (top, crest, and bottom)), morphological factors (colony size), and protection regime (closed area vs. open area). Additionally, we described which organisms are colonizing the dead skeletons and how the loss of live cover of Millepora alcicornis interacts with fish and sea urchin populations. We also characterized water quality and sedimentation rates along a gradient of distance from the region's main river sources, discussing how they interfere with resistance and recovery processes of coral populations observed after thermal stress events. It was possible to identify that colonies located at the top of the reefs, at shallower depths and closer to the coast suffered more from the 2019/2020 bleaching event, with mortality rates reaching over 90% in some reefs. Dissolved nutrients and chlorophyll-a showed low spatial variation and high seasonal variation in the reef complex, with water exhibiting oligotrophic characteristics throughout the sampling period. The N:P ratio showed potential to shape the species of algae colonizing dead skeletons, potentially driving the colonization of non-reef-building organisms and hindering coral and hydrocoral recovery. As for sedimentation rates, high values were found, which differed from the patterns observed at the same sites 17 years ago (based on Cavalcante de Macedo's 2009 study). Sedimentation patterns showed high seasonality, associated with particle resuspension by waves and the input of new terrigenous material with increased rainfall and river discharge. Sediment collected by traps indicated the input of siliciclastic sediment and a higher presence of grains with muddy characteristics (<63 mm). LABs presence in sediment was analyzed, and it was possible to identify domestic effluent input throughout the year into the reef complex, being more pronounced in reefs closer to river outlets. The results indicate greater vulnerability of hydrocorals to post-thermal stress mortality in reefs closer to the coast and at lower depths.. The scenario of chronic impacts reduces the capacity for natural recovery and induces high mortality rates. Investment and implementation of passive and active restoration initiatives should be guided by spatial variations and consider the intensification of monitoring and mitigation of chronic impact sources by local management, for the strengthening of these ecosystems against climate change and the maintenance of important ecosystem services for the region.pt_BR
dc.contributor.advisor-coLatteshttp://lattes.cnpq.br/6680356632730139pt_BR
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado - Oceanografia

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