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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/56566
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Título: | Cibersegurança e estabilidade estratégica: uma revisão sistemática da literatura |
Autor(es): | CORIOLANO, Júlia Costa Amancio Santos |
Palavras-chave: | Cibersegurança; Ciberataque; Dissuasão nuclear; Estabilidade estratégica; Revisão sistemática |
Data do documento: | 8-Mar-2024 |
Citação: | CORIOLANO, Júlia. Cibersegurança e estabilidade estratégica: uma revisão sistemática da literatura. 2024. Trabalho de Conclusão de Curso (Ciência Política) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2024. |
Abstract: | Qual a relação entre cibersegurança e estabilidade estratégica? A partir de uma amostra de 40 trabalhos publicados entre 2010 e 2023, esta monografia apresenta uma revisão sistemática da literatura com o objetivo de entender como tópicos específicos de cibersegurança se relacionam com o equilíbrio nuclear, no geral, e os incentivos para mantê-lo. Em particular, examinamos quatro aspectos substantivos da produção científica sobre o tema, com ênfase em vulnerabilidades cibernéticas e ciberataques. A escolha do tema se justifica por dois motivos principais: a) quaisquer sistemas de computadores, inclusive os responsáveis pelo lançamento de armas nucleares, estão suscetíveis à ação e controle de hackers, e b) porque queremos descobrir se a literatura propõe soluções para diminuir os riscos cibernéticos que podem provocar uma escalada nuclear. Para isso, optamos pela metodologia de revisão sistemática da literatura, criando quatro variáveis substantivas (de um total de 17 gerais) para mensurar o que tem sido discutido neste campo. As principais evidências indicam que: 1) 100% da literatura está no idioma inglês, sugerindo uma prevalência do tema no hemisfério norte; 2) apenas 2,5% da amostra possui metodologia, indicando que, possivelmente, este campo de estudos é emergente e ainda exploratório; 3) a literatura concebe a retaliação nuclear a ciberataques como uma resposta desproporcional, mas um cenário provável; 4) sistemas de comando, controle e comunicações nucleares (sistemas NC3) podem ser danificados por ataques cibernéticos, o que diminui a capacidade de dissuasão nuclear e, por consequência, a estabilidade estratégica; 5) a modernização e desenvolvimento de softwares de sistemas nucleares precisam prezar pela simplicidade, uma vez que sistemas complexos dificultam a detecção de vulnerabilidades, piorando a sua cibersegurança, e aumentando a superfície de ciberataques; e 6) é necessário que potências nucleares firmem acordos que coíbam o emprego de operações cibernéticas ofensivas contra os sistemas de comando e controle nucleares de um país adversário, uma vez que estas comprometem a tomada de decisão, gerando confiança em dados falsos transmitidos pelos computadores – como confiar num falso alarme de ataque nuclear inimigo vindouro – ou minando a confiança na integridade dos sistemas NC3, mesmo na presença de alarmes verdadeiros. Os resultados desta pesquisa são importantes para fundamentar outros estudos sobre o tema, e podem ser úteis para subsidiar decisões governamentais sobre o papel da cibersegurança como instrumento estratégico de defesa. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/56566 |
Aparece nas coleções: | (TCC) - Ciência Política (Relações Internacionais) |
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TCC Júlia Costa Amancio Santos Coriolano.pdf | Cibersegurança e estabilidade estratégica: uma revisão sistemática da literatura | 897,02 kB | Adobe PDF | ![]() Visualizar/Abrir |
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