Skip navigation
Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/55475

Compartilhe esta página

Registro completo de metadados
Campo DCValorIdioma
dc.contributor.advisorSOTTILI, Fabiele Stockmans de Nardi-
dc.contributor.authorSILVA, Marina Maria Austregésilo Saraiva da-
dc.date.accessioned2024-03-19T14:38:06Z-
dc.date.available2024-03-19T14:38:06Z-
dc.date.issued2023-07-18-
dc.identifier.citationSILVA, Marina Maria Austregésilo Saraiva da. O discurso camusiano sobre suicídio: um olhar sobre os modos de dizer o suicídio na obra a queda. 2023. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2023.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/55475-
dc.description.abstractEsta pesquisa se propôs a analisar os modos de dizer o suicídio na obra A queda (1956), escrita pelo filósofo Albert Camus (1913-1960), apontando formas de como esses modos de dizer se entrelaçam às redes de construções simbólicas atravessadas pelo tema. Foram delineados pontos de (des)estabilização dessas redes que atravessam as formas de dizer o suicídio no referido texto e seus efeitos de sentido acerca da compreensão dessa prática. Camus apresenta sua filosofia elaborando angústias e dilemas de seu tempo através de dispositivos literários. Suas produções constituem um objeto de estudo relevante tanto do ponto de vista da literatura como da filosofia, provocando um grande impacto na construção do pensamento do século XX (LINS, 2016). Assim, a partir da perspectiva de Pêcheux (2009; 2014; 2011a; 2011b; 2012; 2015), procurou-se compreender os efeitos de sentido sobre o termo suicídio que se constroem na escrita de Camus no tocante aos possíveis lugares dessa noção no texto A queda. Partiu-se, da função da arte enquanto recurso de trabalho simbólico para elaboração de estruturas sociais, oferecendo como recurso construções diferentes de sentido ao provocar outras compreensões discursivas. Destaca-se aqui o trabalho da Análise de Discurso (AD) como dispositivo teórico- analítico que possibilita gestos de leitura sobre compreensões discursivas em diferentes ordens e cuja concretude se produz por meio das diversas materialidades produzidas a partir de um lugar político-ideológico. A AD foi trazida como uma possibilidade de amplificação do trabalho simbólico através da língua fazendo sentido, formando noções de seu contexto, das condições de produção discursivas e, consequentemente, das posições históricas anteriormente assumidas. Para análise, foram delineadas sequências discursivas do corpus, as quais tocaram a construção da noção de suicídio. A partir desse movimento, foi possível explorar apontamentos de efeitos de sentido compondo o suicídio como um movimento facetado por dimensões polissêmicas pautadas em concepções como enigma, punição, ressentimento, entre outras. Na insistência em escutar o implícito no discurso, encarando a dimensão da incompletude na linguagem, ao entender que questionar a morte voluntária dentro das produções de sentido hegemônicas abre espaço para uma escuta polissêmica dessa prática e, assim, de suas estratégias de cuidado foi traçado ainda um gesto de leitura sobre as formas de compreender-dizer o suicídio e sua prevenção na Política Nacional de Prevenção à Automutilação e ao Suicídio. Movimentou-se, assim, pela noção de escuta discursiva na qualidade de um gesto de resistência um conjunto de questionamentos-reformulações acerca da prática suicida no texto da política, escolhido por sua representação enquanto regulação oficial no tocante ao cuidado e manejo sobre essa prática no Brasil. Partindo das construções teóricas lacaniana, foi discutida ainda a compreensão do suicídio também enquanto ato significante motor de uma instância metafórica diante do desejo pelo morrer. Promoveu-se, assim, movimentos de tensão e ruptura na rede de significações posta, abrindo interrogações diante dessa prática, colocando-a como pluralizada e distante de uma concepção unívoca do suicídio. Diante do exposto, foi possível construir uma abertura para a compreensão da morte voluntária enquanto uma experiência dotada de uma heterogeneidade semântica, a qual viabiliza não apenas a ampliação de possíveis fatores condicionantes e possibilidades outras de cuidado, mas o encontro com a dimensão do agir enquanto linguagem.pt_BR
dc.description.sponsorshipFACEPEpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Pernambucopt_BR
dc.rightsopenAccesspt_BR
dc.rightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/*
dc.subjectdiscursopt_BR
dc.subjectCamuspt_BR
dc.subjectsuicídiopt_BR
dc.subjectescutapt_BR
dc.subjectpolíticas públicaspt_BR
dc.titleO discurso camusiano sobre suicídio : um olhar sobre os modos de dizer o suicídio na obra a quedapt_BR
dc.typemasterThesispt_BR
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/5942334938042989pt_BR
dc.publisher.initialsUFPEpt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.degree.levelmestradopt_BR
dc.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/5498953650037116pt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pos Graduacao em Letraspt_BR
dc.description.abstractxThis research aimed to analyze the ways of saying suicide in the work The Fall (1956), written by the philosopher Albert Camus (1913-1960), pointing out ways in which these ways of saying it are intertwined with the networks of symbolic constructions crossed by the theme. Points of (de)stabilization of these networks were outlined that cross the ways of saying suicide in the aforementioned text and its effects of meaning on the understanding of this practice. Camus presents his philosophy by elaborating on the anxieties and dilemmas of his time through literary work. His productions constitute a relevant object of study both from the point of view of literature and philosophy, causing a great impact on the construction of 20th century thought (LINS, 2016). Thus, from the perspective of Pêcheux (2009; 2014; 2011a; 2011b; 2012; 2015), we sought to understand the effects of meaning on the term suicide that are constructed in Camus' writing regarding the possible places of this notion in the text The fall. The starting point was the function of art as a symbolic work resource for the elaboration of social structures, offering as a resource different construction of meaning by provoking other discursive understandings. The work of Discourse Analysis (DA) stands out here as a theoretical- analytical device that enables reading gestures on discursive understandings in different orders and whose concreteness is produced through the different materialities produced from a political-ideological place. AD was brought as a possibility of amplifying symbolic work through language making sense, forming notions of its context, the conditions of discursive production and, consequently, the historical positions previously assumed. For analysis, discursive sequences from the corpus were outlined, which touched on the construction of the notion of suicide. From this movement, it was possible to explore notes of meaning effects composing suicide as a movement faceted by polysemic dimensions based on concepts such as enigma, punishment, resentment, among others. In the insistence on listening to what is implicit in the discourse, facing the dimension of incompleteness in the language, by understanding that questioning voluntary death within the hegemonic productions of meaning opens space for a polysemic listening to this practice and, thus, its care strategies, it was further outlined a gesture of reading about the ways of understanding suicide and its prevention in the National Policy for the Prevention of Self-Mutilation and Suicide. Thus, through the notion of discursive listening as a gesture of resistance, a set of questions-reformulations about suicidal practice in the policy text, chosen for its representation as an official regulation regarding the care and management of this practice in the Brazil. Starting from Lacanian theoretical constructions, the understanding of suicide was also discussed as a significant act that drives a metaphorical instance in the face of the desire to die. This promoted movements of tension and rupture in the established network of meanings, opening questions regarding this practice, placing it as pluralized and far from a univocal conception of suicide. Given the above, it was possible to build an opening for understanding voluntary death as an experience endowed with a semantic heterogeneity, which enables not only the expansion of possible conditioning factors and other possibilities of care, but the encounter with the dimension of acting as language.pt_BR
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado - Linguística

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
DISSERTAÇÃO Marina Maria Austregésilo Saraiva da Silva.pdf662,43 kBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Este arquivo é protegido por direitos autorais



Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons