Indicadores antropométricos de obesidade na predição do risco cardiometabólico em crianças

Abstract

O presente estudo investigou os impactos dos indicadores antropométricos de obesidade na pressão arterial e no perfil bioquímico de escolares de 7 a 10 anos de idade.Trata-se de um estudo transversal com 177 crianças de 7 a 10 anos. Foram avaliados os indicadores antropométricos de obesidade, tais como: índice de massa corporal (IMC) para idade, circunferência abdominal (CC) e relação cintura estatura (RCEst). Para a pressão arterial, foram realizadas três aferições em três dias alterados. A análise do perfil bioquímico foi realizada pela coleta de sangue capilar para dosagem de colesterol total (CT), triglicerídeos (TG), lipoproteína de alta densidade (HDL) e lipoproteína de baixa densidade (LDL) e glicose (Glc). Na análise da regressão logística, foram observadas as seguintes razões de chance com a pressão arterial alterada: RCE, OR= 3,05 (IC 95%: 1,15-8,12; p=0,03); CC, OR=3,99 (IC 95%: 1,37-11,63; p=0,01). Para o HDL baixo, o IMC foi preditor OR= 4,15 (IC 95%= 1,06-16,23; p=0,04). Em se tratando do risco de triglicerídeos elevado: IMC: OR= 4,15 (IC 95%: 1,22 – 14,09; p=0,02); RCE: OR= 3,89 (IC95%: 1,10 - 13,73; p= 0,03); CC: OR= 3,83 (IC 95%: 0,10 - 14,73; p= 0,05). Então, sugere-se que a obesidade, identificada pelos indicadores antropométricos, tais como o IMC, RCE e CC, são preditores da pressão alterada, HDL baixo e triglicerídeos elevados.