Efeitos da dieta obesogênica e treinamento resistido de alta intensidade sobre os parâmetros metabólicos de ratas gestantes

Abstract

O presente estudo objetivou compreender os efeitos do consumo da dieta obesogênica associado ao treinamento resistido de alta intensidade sobre os parâmetros metabólicos de ratas gestantes. O trabalho foi aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais da UFPE (protocolo 105/2021). Foram utilizadas 28 ratas Wistar, entre 60-70 dias de vida, nulíparas, divididas entre os grupos Dieta Controle Não Treinada (DC-NT, n=7), Dieta Controle Treinada (DC-T, n=7), Dieta Obesogênica Não Treinada (DO-NT, n=7) e Dieta Obesogênica Treinada (DO-T, n=7). As ratas do grupo Dieta Controle (DC) receberam dieta padrão produzida de acordo com as recomendações do American Institute of Nutrition durante toda a experimentação, enquanto as ratas do grupo Dieta Obesogênica (DO), receberam dieta adaptada de Bortolin e colaboradores (2018) durante a pré-gestação e gestação. As ratas do grupo DO-T e DC-T realizaram treinamento em escada, 5 dias por semana, durante as semanas pré-gestacionais e gestacionais com sobrecarga de 80% da capacidade máxima. Os grupos DO-NT e DC-NT não foram submetidos a testes ou treinamento. Foram avaliados o consumo alimentar semanal, a evolução do peso corporal, peso do tecido adiposo branco mesentérico e retroperitoneal, índice glicêmico e os parâmetros bioquímicos de albumina, colesterol, glicose, HDL e triglicerídeos das gestantes. O sacrifício ocorreu no 20° dia de gestação. Foi observado que houve um aumento do consumo alimentar em todos os grupos experimentais nas segunda e terceira semanas gestacionais (p<0,05), além disso o consumo alimentar das ratas DO-NT foi reduzido em comparação ao grupo DC-NT na terceira semana de gestação (p<0,05). Em relação ao peso corporal, não houve diferença no período pré-gestacional e gestacional (p>0,05). Em relação ao peso das gorduras, o grupo DO-T apresentou o peso do tecido adiposo branco retroperitoneal maior em relação ao DO-NT (p<0,05), enquanto o peso do tecido adiposo mesentérico não apresentou diferença entre os grupos. Não houve diferença em relação aos parâmetros bioquímicos maternos (p>0,05). Em conclusão, o consumo de uma dieta obesogênica durante o período gestacional foi capaz de aumentar o peso do tecido adiposo retroperitoneal materno, além disso, a prática do treinamento resistido de alta intensidade não influenciou sobre o ganho de peso corporal e não interferiu na saúde gestacional materna.