Idosos com Alzheimer e dormitórios domésticos: recomendações ergonômicas e projeto de redesign em um estudo de caso.

Abstract

O número de idosos no Brasil e no mundo vem crescendo cada vez mais, possivelmente isso se deve aos avanços da medicina e à melhoria na qualidade de vida das pessoas. Segundo uma pesquisa realizada pelo IBGE, até 2050 o número absoluto e percentual de brasileiros com 60 anos ou mais irá ultrapassar o de crianças de 0 a 14 anos. Levando em consideração esses dados, tem se percebido uma nova tendência nas residências das famílias, os espaços adaptados às necessidades especificas dos indivíduos. Sendo o dormitório o local onde passamos a maior parte do nosso tempo, e tendo em vista que a população idosa está ficando cada vez maior, sabendo-se ainda da necessidade de se ter um espaço onde se possa recarregar as energias gastas durante as atividades do dia a dia, é importante que se tenha um cuidado por parte das famílias e dos profissionais de áreas projetuais, com relação aos ambientes, principalmente quando os seus usuários forem idosos. É preciso que tais ambientes permitam a realização das tarefas com o máximo de qualidade em sua execução. Esta pesquisa teve como objetivo, desenvolver o projeto de redesign de um ambiente de dormitório residencial baseado nas necessidades e limitações do usuário idoso acometido por Alzheimer, assim, o projeto foi realizado embasado em conceitos de vários autores citados no referencial teórico, e tomando ainda como base a metodologia para Projetos de Construção Centrados no Usuário, das autoras Attaianese e Duca (2012), além das próprias observações do autor da pesquisa, embasadas na convivência diária com o idoso acometido pelo mal de Alzheimer durante o decorrer da pesquisa. Observou-se que os resultados desse estudo foram bastantes satisfatórios, o novo ambiente foi pensado visando melhorar a relação do usuário com o espaço de descanso, toda linha de mobiliário foi projetada levando em consideração a atual condição do usuário idoso, desde fatores psicológicos relacionados ao mal de Alzheimer até sua condição física, estatura, peso, força e outras limitações recorrentes do processo de envelhecimento. Vale salientar ainda que esse estudo poderá servir como fonte de inspiração para pesquisas posteriores que tratem de temáticas semelhantes, bem como, poderá ainda trazer melhorias na qualidade de vida de pessoas portadoras de Alzheimer.