Ruínas abandonadas : uma análise imagética do processo de degradação do Forte do Buraco - Recife, PE

Abstract

Durante o período colonial brasileiro, foram erguidas centenas de unidades de defesa ao longo do território, com variados formatos, materiais e funções, sob diferentes bandeiras e obedecendo ao poder vigente sobre o local onde estavam localizadas. Com o passar dos anos, elas foram reformadas, reconstruídas, abandonadas, demolidas e, hoje, algumas se encontram em estado de ruína arqueológica, transformando-se num documento materializado do passado humano, ainda que não sejam vistas e valorizadas como um patrimônio. A pesquisa objetiva colocar em evidência as ruínas arqueológicas do Forte do Buraco, construção portuguesa do séc. XVIII edificada no istmo entre Recife e Olinda, onde antes houvera unidade de defesa holandesa, a partir de uma análise imagética acerca de sua degradação estrutural e de um levantamento sobre os fatores causadores do arruinamento, além de discutir as responsabilidades institucionais que permitiram e permitem que o bem arqueológico esteja, ainda hoje, abandonado e invisível aos olhos da sociedade.