Nanopartículas Metálicas: estratégia terapêutica para prevenção da formação e erradicação de biofilmes bacterianos

Abstract

Os biofilmes bacterianos são uma fonte de preocupação para os profissionais de saúde e para comunidade, impactando a saúde pública, a indústria, a economia e o meio ambiente. Sua formação é apontada em superfícies bióticas e abióticas, incluindo centros de distribuição de água, áreas de plantio e ambiente hospitalar, mostrando-se resistente a desinfetantes e antimicrobianos utilizados em terapêuticas tradicionais. Nesse sentido, tornam-se necessárias estratégias terapêuticas que promovam a inibição e erradicação dos biofilmes, como as nanopartículas metálicas, incluindo as nanopartículas de prata, de ouro e de óxido metálico. Estudos demonstram que essas nanoestruturas apresentam potencial para inibir a produção de biofilmes, uma vez que podem estimular a geração de espécies reativas de oxigênio, a alteração do quorum sensing (QS) e de genes produtores de DNA extracelular (eDNA), da matriz exopolissacarídica (EPS), de proteínas de adesão e motilidade. Essas exibem ainda um potencial para erradicação do biofilme formado, uma vez que elas podem penetrar nos biofilmes e interagir eletrostaticamente, promovendo à desestabilização da matriz polissacarídica, alteração da permeabilidade celular e eliminação das bactérias do núcleo do biofilme. Além de apresentarem-se como estratégia terapêutica inovadora para eliminação deste fator de virulência, bem como para revestimento de superfícies e utensílios hospitalares para evitar a formação de biofilmes, e consequentemente, diminuir o problema mundial das infecções bacterianas. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi elaborar um estudo de revisão de literatura integrativa sobre as nanopartículas metálicas como estratégia terapêutica para prevenção e erradicação da formação de biofilmes bacterianos, através da seleção de estudos originais, publicados em periódicos indexados e revistas, compreendidos entre os anos de 2018 e 2022.