Candídiase oral em pacientes oncológicos: importância clínica para o sucesso do tratamento - revisão de literatura

Abstract

A Candidíase ou Candidose é uma micose causada por leveduras do gênero Candida, mais frequentemente Candida albicans. Candida spp. pode colonizar a microbiota humana em vários sítios como a mucosa digestiva, a mucosa vaginal, a pele, unhas e a mucosa orofaríngea, tendo uma relação de comensalismo. Pode ser considerada uma micose oportunista em caso de pessoas imunossuprimidas, acometidas de quimioterapia e radioterapia, por exemplo. A quimioterapia é um dos principais tratamentos realizados em pacientes oncológicos, porém, pode causar uma situação de imunossupressão, já que destrói tanto as células malignas quanto as benignas. Dentro de duas a três semanas é observado em pacientes oncológicos manifestações bucais significativas, e esses danos acentuam-se de acordo com a idade do paciente. O tratamento de infecções fúngicas é advindo de antifúngicos tópicos e sistêmicos, como nistatina, fluconazol e anfotericina B, que são os mais utilizados em tratamentos antineoplásicos, todavia, existem divergências de opiniões ao se tratar do mais indicado, pois os tópicos possuem menor efeito colateral e são de lenta absorção, já os sistêmicos, maior de efeito colateral e rápida absorção. Ainda existe hoje a terapia fotodinâmica, uma laserterapia utilizando fotossensibilizadores. Esse trabalho tem como objetivo realizar uma revisão de literatura, com o intuito de determinar qual a melhor maneira de tratar pacientes oncológicos acometidos por candidíase oral e determinar o melhor método para o seu tratamento, visto que por conta dessa condição tendem a desistir do tratamento. Para a metodologia, foi realizada uma revisão de literatura narrativa descritiva, utilizando como base bibliográfica artigos científicos disponíveis em bancos de dados online como PubMed, Scielo, Lilacs e Google Academic, estes encontravam-se nas línguas portuguesa, espanhola e inglesa. O presente estudo evidencia que a candidíase oral é um caso essencialmente comum nos pacientes oncológicos devido a condição de imunossupressão em que o tratamento de quimioterapia e radioterapia os expõe, causando um desconforto durante o mesmo muitas vezes insustentável e fazendo com que eles desistam do processo do tratamento ou o atrasem, prejudicando a remissão ou eliminação do câncer. É necessário a escolha de um método para tratar a candidíase oral do paciente, cujo tenha um efeito melhor que os métodos convencionais utilizados, dando prioridade a uma melhor qualidade de vida ao mesmo. Um dos métodos implantados é a terapia fotodinâmica, que funciona através da administração de um fotossensibilizador seguido de irradiação com luz visível em determinado comprimento de onda. Conclui-se que é necessário o acompanhamento de um cirurgião dentista que esteja presente na equipe oncológica, antes e após o período de tratamento, e que a terapia fotodinâmica junto a terapia convencional para tratar a candidíase é a mais apropriada ou invés do uso da monoterapia.