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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40267

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Título: Diversidade e estrutura genética Multiloci de Caranx hippos (Perciformes; Carangidae) : uma abordagem regional e transoceânica
Autor(es): BRITO, Maria Clara Gonçalves de Queiroz
Palavras-chave: Peixes; Animais aquáticos; Genética animal
Data do documento: 26-Fev-2021
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Citação: BRITO, Maria Clara Gonçalves de Queiroz. Diversidade e estrutura genética Multiloci de Caranx hippos (Perciformes; Carangidae): uma abordagem regional e transoceânica. 2021. Dissertação (Mestrado em Biologia Animal – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2021.
Abstract: O xaréu C. hippos é um carangídeo de grande importância econômica ao longo da sua distribuição transoceânica. Apesar do apelo econômico, a estrutura e diversidade genética, bem como aspectos bioecológicos da espécie permanecem pouco explorados. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo investigar a estrutura e diversidade genética de C. hippos na costa Nordeste do Brasil, através de três marcadores: COI e região controle D-loop (mtDNA), e o íntron 1 da proteína ribossomal S7 (nuDNA), comparando os dados desta região com os disponíveis nos bancos de dados (GenBank e BOLD), em uma abordagem transoceânica. Os dados foram testados perante análises tradicionais de genética de populações e demografia histórica. Ambos os marcadores mitocondriais revelaram a presença de duas linhagens coexistentes geograficamente, tanto na abordagem regional quanto na transoceânica, com altos e significativos valores de FST par-a-par (COI: 0,94; RC: 0,84). Uma estruturação genética marcante foi observada entre Estados Unidos (Atlântico Norte) versus Brasil (Atlântico Sul) e Colômbia (Mar do Caribe), com altos e significativos níveis de FST par-a-par, que sugerem possível ausência de fluxo gênico entre o Atlântico Norte e as demais. Este padrão pode estar relacionado à transição entre os climas tropical-temperado das regiões. Este cenário de estruturação, permite o estabelecimento de duas unidades de manejo preliminares: 1) Atlântico Norte e Golfo do México e 2) Mar do Caribe e Atlântico Sudoeste. Para a abordagem regional, o íntron nuclear 1-S7 revelou um cenário de homogeneidade genética, que poderia sugerir um fluxo gênico mediado pelos machos. A história demográfica da espécie na região pode estar intimamente relacionada aos ciclos glaciais e interglaciais pleistocênicos. Durante os períodos de extensão das camadas de gelo, as linhagens podem ter utilizado diferentes refúgios, mantendo-se isoladas, favorecendo a fixação de mutações no material mitocondrial, que evolui muito mais rapidamente que o nuclear. Esta alopatria inicial é reforçada pelas altas distâncias genéticas (COI=2,05%; RC=29,6%) que poderia sugerir diversidade críptica caso apenas os dados mitocondriais estivessem em análise. Já durante os ciclos interglaciais, pode ter havido contato secundário entre estas linhagens, como revelado pela análise de distribuição mismatch. Neste período, o material nuclear pode ter recombinado, enquanto o mitocondrial não. Desta forma, a história demográfica explica a estruturação genética profunda em duas matrilinhagens, atualmente simpátricas, reforçando a influência das glaciações em moldar a estrutura genética das espécies marinhas.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40267
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado - Biologia Animal

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