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Título: Caracterização paleodeposicional da Formação Neoproterozoica Jacarecica (Faixa de Dobramentos Sergipana, NE Brasil)
Autor(es): CLAVIJO ARCOS, Rolando Esteban
Palavras-chave: Geociências; Neoproterozoico; Geoquímica; Petrografia; Diamictito
Data do documento: 10-Ago-2020
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Citação: CLAVIJO ARCOS, Rolando Esteban. Caracterização paleodeposicional da Formação Neoproterozoica Jacarecica (Faixa de Dobramentos Sergipana, NE Brasil). 2020. Dissertação (Mestrado em Geociências) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2020.
Abstract: As etapas glaciais Neoproterozoicas e a formação das nascentes plataformais de carbonato no marco da Terra Bola de Neve têm sido amplamente consideradas como algumas das condições paleoclimáticas mais severas que ocorreram em Gondwanaland. Evidências geológicas desses eventos dramáticos incluem depósitos influenciados por atividade glacial sobrepostos por sequências de capa carbonática. No entanto, a configuração deposicional desses diamictitos é ainda controversa. Neste trabalho, procura-se reconstruir a configuração sedimentar e o ambiente paleodeposicional da Formação Jacarecica, diamictito associado à glaciação Esturtiana, realizando (i) reconhecimento sedimentológico de estruturas deformacionais a diferentes intervalos estratigráficos em escala microscópica e de afloramento; (ii) caracterização geoquímica e de fácies minerais mediante fluorescência de raios-X e difração de raios-X. A formação estudada compreende um diamictito rico em argilas cinzas maciças com dropstones gnáissicos e quartzíticos e clastos rotacionados tamanho cascalho (grupos de grãos concêntricos elipsoidais) e horizontes de arenitos dobrados, sugerindo condições de deformação dúctil durante as etapas hidratadas deposicionais mais recentes. O escasso reconhecimento de horizontes de clastos imbricados poderia sugerir episódios de ressedimentação rápida. Entretanto, a presença de clastos de aparência falhada e aplanada com marcas de abrasão indica deformação rúptil durante o transporte sedimentar. Análises petrográficas revelaram mineralogia dominada por quartzo, plagioclásios (anortita; albita), e feldspato potássico (microclina). Dolomita do tipo saddle foi identificada, o que pode sugerir uma fase de substituição tardia do material original por fluidos hidrotermais. Em geral, todas as lâminas indicaram uma fábrica plásmica (material argiloso altamente birrefringente) escassamente desenvolvida junto a estruturas de desidratação, e sutis ou inexistentes anéis de argila/limo circundando grãos esqueléticos. O anterior sugeriria que fases sedimentares hidratadas foram sujeitas a esforços compressivos que expulsaram materiais de argila e areia durante as etapas pós-deposicionais. Por sua vez, a presença comum de estruturas de galáxia (arranjos elipsoidais de plasma e grãos esqueletais) e estruturas de pescoço (material fino atravessando grãos esqueletais numa aparência de canal) junto com clastos brechados de quartzo mostrando arranjos de tipo “jig-saw” e fragmentos de rochas forma de olho lenticular sugerem que condições de deformação subglacial prevaleceram durante o transporte das fontes sedimentares. Análise de difração de raios-X revelaram uma composição dominante de quartzo e sulfetos (pirita; browneíta). Os valores de Índice de Alteração Química (CIA) oscilaram entre 52 a 57%, indicando fontes escassamente intemperizadas. O diagrama binário de log (SiO2/Al2O3) vs. log (Fe2O3/K2O) colocou a maioria das amostras no campo dos arcósios e algumas no campo dos arenitos líticos, sugerindo que o material sedimentar dessa formação derivou de fontes graníticas de composição ácida a intermediária. Portanto, a combinação de análises de microestruturas e observações de campo desafiam o conceito de origem deposicional subaquosa. No lugar, condições sindeposicionais de estresse transitório alto, condições efetivas de pressão da água de poro, deformação focalizada, mas intensa, e episódios de desidratação, bem como evidências não penetrantes de estruturas de esforço sugerem que a Formação Jacarecica compreende diamictito deformado subglacialmente, cujos sedimentos teriam sido transportados e deformados por dinâmicas subglaciais, mas subsequentemente depositados como depósitos de flow till numa configuração de influências glaciomarinhas próximas ao gelo.
Descrição: CLAVIJO ARCOS, Rolando Esteban também é conhecido em citações bibliográficas por: ARCOS, Rolando Esteban Clavijo e CLAVIJO, Rolando Esteban
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39795
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado - Geociências

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