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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38323
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Título: | Efeito alelopático de Mesosphaerum suaveolens (L.) Kuntze (Lamiaceae) em espécies de cactaceae |
Autor(es): | BEZERRA, José Weverton Almeida |
Palavras-chave: | Mesosphaerum suaveolens; Alelopatia; Autotoxicidade |
Data do documento: | 19-Fev-2020 |
Editor: | Universidade Federal de Pernambuco |
Citação: | BEZERRA, José Weverton Almeida. Efeito alelopático de Mesosphaerum suaveolens (L.) Kuntze (Lamiaceae) em espécies de cactaceae. 2020. Dissertação (Mestrado em Biologia Vegetal) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2020. |
Abstract: | Mesosphaerum suaveolens é uma herbácea de ampla propagação que possui aleloquímicos em sua composição podendo alterar a diversidade de outras espécies vegetais em áreas circunvizinhas. É possível notar que, em áreas onde ocorrem populações de M. suaveolens, há um baixo número ou até mesmo ausência de plântulas de outras espécies, dentre elas cactos, tais como Cereus jamacaru subsp. jamacaru e Pilosocereus gounellei subsp. gounellei. Assim, é levantada a hipótese que a espécie herbácea libera aleloquímicos por meio da decomposição de suas folhas. Desta forma, este trabalho objetivou avaliar como a decomposição das folhas de M. suaveolens pode afetar a germinação e o desenvolvimento de espécies de cactos colunares nativos da Caatinga, bem como avaliar a autotoxicidade da espécie. Para alcançar tais objetivos, folhas de M. suaveolens ao final da sua senescência foram coletadas misturadas com solo de Caatinga obtendo diversas concentrações (3,3 – 23,3 g de folhas por Kg de solo) e submetidas à decomposição durante 120 dias. Posteriormente este solo foi utilizado para os testes alelopáticos de germinação de sementes dos dois cactos citados e de M. suaveolens. Quanto às avaliações de crescimento, foram analisados os efeitos do conteúdo de clorofila e carotenoides de cactos, bem como no comprimento e peso seco das plantas. Por fim foi avaliados por UPLC- MS-ESI-QTOF, quais os constituintes químicos que M. suaveolens liberou e incorporou ao solo. Foi possível observar que as folhas de M. suaveolens liberaram terpenos no solo, tais como rosmaridifenol, ácido ursólico e carnosol. Quanto ao crescimento, a decomposição das folhas afetou principalmente o crescimento de C. jamacaru, pois diminuiu o crescimento dos seus cladódios de 3,02±0,23 cm (grupo controle) para 1,92±0,21 cm na concentração de 13,3 g/Kg. Esta mesma concentração afetou significativamente o peso seco dos cladódios e raízes do cacto, para o órgão aéreo, houve uma diminuição de 41,22±8,52 mg (controle) para 17,76±4,9 mg. O comprimento dos cladódios de P. gounellei demonstram que as folhas não são capazes de afetar o seu crescimento, mas podem afetar a sua biomassa negativamente, destacando-se as raízes, pois no grupo controle apresentavam 5,75±2,98 mg e no tratamento de 23,3 g/Kg reduziram sua massa para 1,55±0,37 mg. Quanto ao conteúdo de pigmentos fotossintéticos, a espécie doadora foi responsável por diminuir a quantidade de substâncias fotossintetizantes dos cactos. Por fim, a espécie mostrou que apresenta autotoxicidade, pois seus metabólitos foram capazes de afetar o seu crescimento. Com isso, este estudo demonstra que a ausência de plantas jovens de Cactaceae em ambientes colonizados por M. suaveolens apresenta relação com o efeito alelopático dos constituintes químicos das folhas liberados durante a sua decomposição. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38323 |
Aparece nas coleções: | Dissertações de Mestrado - Biologia Vegetal |
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