Avaliação do modelo de negócio para o desenvolvimento das cultivares de algodão transgênico na EMBRAPA

Abstract

Ao longo das últimas décadas, o conceito de inovação migrou do significado mais estreito para um significado mais amplo de inovação organizacional e de mercado. Nesse cenário, a cooperação tecnológica é vista como uma alternativa para impulsionar o desempenho inovador das organizações. Com objetivo de estudar como os licenciamentos e as cooperações técnicas adotados no modelo de negócio da Embrapa para o algodão transgênico impactam no desenvolvimento das novas cultivares, foi realizada uma pesquisa bibliográfica e descritiva com busca por dados a campo. Como método de investigação foi utilizado a ferramenta de busca Cultivar Web do MAPA do Governo Federal. Dados de campo foram coletados na Embrapa Algodão por meio de pesquisa documental, e artigos acadêmicos publicados em periódicos na plataforma CAPES. Atualmente, 233 cultivares de algodão estão registradas no Brasil, sendo 64,4% convencionais e 35,6% transgênicas. Para o desenvolvimento de suas cultivares de algodão transgênico, a Embrapa licenciou eventos de transgenia da Monsanto e formalizou convênio de cooperação técnica com a Fundação Bahia. Como benefício desse modelo de negócio foram geradas 4 cultivares com a tecnologia RRFlex, e 3 cultivares com a tecnologia BollgardIIRF. O principal risco identificado foi o licenciamento exclusivo por 10 anos à Fundação Bahia das novas cultivares geradas. Além desta análise foi desenvolvido um material instrucional sobre o processo de formalização de parcerias na Embrapa Algodão. Conclui-se que o modelo de inovação aberta, através das parcerias por meio de cooperação técnica e licenciamentos é necessária para a continuidade do programa de melhoramento genético do algodão na Embrapa.