Skip navigation
Por favor, use este identificador para citar o enlazar este ítem: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31011

Comparte esta pagina

Registro completo de metadatos
Campo DC Valor Lengua/Idioma
dc.contributor.advisorALBUQUERQUE, Paulo Henrique Novaes Martins de-
dc.contributor.authorMELO, Camila Pimentel Lopes de-
dc.date.accessioned2019-06-10T23:24:59Z-
dc.date.available2019-06-10T23:24:59Z-
dc.date.issued2017-07-14-
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31011-
dc.descriptionALBUQUERQUE, Paulo Henrique Novaes Martins de, também é conhecido em citações bibliográficas por: MARTINS, Paulo Henrique Novaespt_BR
dc.description.abstractEste trabalho versa sobre o movimento de humanização do parto e do nascimento (MHPN) em Recife e as respectivas transformações sugeridas pelo modelo de assistência obstétrica. Tem como objetivo ressaltar, à luz das experiências das mulheres que frequentaram rodas de casais grávidos, mudanças na forma de compreender a experiência de parturição, assim como explorar a visão de alguns profissionais que participaram de um curso sobre parto domiciliar que acompanhei, a fim de verificar possíveis pontos de encontro entre a proposta de humanização do parto e as expectativas das mulheres que buscaram participar das rodas. Buscou-se argumentar que, a partir das reivindicações que acompanharam o MHPN, conforma-se uma nova cultura de parto, permitindo o que o próprio movimento chama de protagonismo feminino no parto. Assim buscou-se uma descolonização do ideário do parto, relacionando as transformações sociais e discursivas da humanização com a realidade da assistência obstétrica para evidenciar a conformação da crítica sobre presença de uma epistemologia colonial na obstetrícia hegemônica. As estratégias de investigação utilizadas envolveram a observação participante em dois momentos distintos: no curso teórico sobre parto domiciliar e nas rodas de educação perinatal; além de entrevistas com profissionais envolvidos no curso e também com mulheres que participaram das rodas. As narrativas construídas com minhas interlocutoras permitiram construir três frentes analíticas que apontam para um processo de empoderamento feminino no parto a partir de um modelo orientado para o cuidado dialogado. A primeira delas foi a mudança na relação com o tempo. Se a prática médica consolidada baseia-se na premissa da intervenção e da rapidez, acelerando o desenrolar fisiológico do parto, o ideário humanizado relaciona-se com o tempo da espera, permitindo às mulheres a vivência da experiência de parturição em seus próprios ritmos. A segunda categoria analítica relaciona-se com o uso da tecnologia. No modelo oficial temos uma prática tecnocrática e invasiva, muitas vezes produtora de iatrogenias porque baseia-se no manejo ativo do parto. No modelo de assistência humanizada a tecnologia é norteada pela medicina baseada em evidência. A ideia de técnicas de conforto conforma um conjunto de práticas, pertencentes a diversas racionalidades médicas e não-médicas, que são sugeridas como formas de auxiliar a parturiente no processo de trabalho de parto. A terceira lente analítica relaciona-se com a mudança na compreensão do corpo feminino. Baseada na separação corpo e mente, a biomedicina conformou uma experiência de parto sem sujeito e contribuiu para uma prática perpassada pela violência obstétrica. A humanização reconfigura tal compreensão, passando do corpo subalterno ao corpo potente e capaz de parir. Cada dobra analítica construída nesse texto pretendeu tecer uma narrativa que aponta para uma nova cultura de parto. Assim pretendemos contribuir para a compreensão dos aspectos sociológicos contidos no microcosmo em torno do parto.pt_BR
dc.description.sponsorshipCAPESpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Pernambucopt_BR
dc.rightsopenAccesspt_BR
dc.rightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/*
dc.subjectSociologiapt_BR
dc.subjectHumanização dos serviços de saúdept_BR
dc.subjectParto (Obstetrícia) – Aspectos sociológicospt_BR
dc.subjectTrabalho de partopt_BR
dc.subjectNascimentopt_BR
dc.titleNo tempo da espera: reflexões sociológicas sobre a humanização do parto no Recifept_BR
dc.typedoctoralThesispt_BR
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/0415985625668706pt_BR
dc.publisher.initialsUFPEpt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR
dc.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/6218095707596245pt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pos Graduacao em Sociologiapt_BR
dc.description.abstractxThis work deals with the movement of humanization of childbirth and birth (MHPN) in Recife and the respective transformations suggested by the obstetric care model. The objective of this study is to highlight, based on experiences of women attending perinatal education group, changes of understanding the experience of birth, as well as to explore the perception of some professionals who participated in a course on home childbirth that I followed. The aim is to verify possible approximations between the theoretical speech of humanization of childbirth and the expectations of women. Based on a set of arguments related to MHPN, I affirm it conforms a new culture of childbirth, allowing what the movement calls feminine protagonism in childbirth. Because of this, I argued about a decolonization childbirth culture, relating the social and discursive transformations of humanization with the reality of obstetric care to evidence the conformation of criticism on the presence of a colonial epistemology in hegemonic obstetrics. The research strategies used involved participant observation in two different moments: in the theoretical course on home childbirth and in perinatal education group. In addition, interviews with professionals involved in the course and with women who participated in these group. The narratives constructed with my interlocutors allowed us to construct three analytical axis related to a process of female empowerment in childbirth, based on a model oriented by dialogical care. The first axis was the change in the relationship with time. On one hand there is the hegemonic medical practice based on the premise of intervention and speed, accelerating the physiological development of childbirth. On the other, the humanized ideology is related to the waiting time, allowing women to experience childbirth at their own rhythms. The second analytical category relates to the use of technology. In the official model, we have a technocratic and invasive practice, often producing iatrogenies because it bases on the active management of childbirth. In the humanized care model, technology is driven by evidence-based medicine. The idea of comfort techniques conforms a set of practices, representing medical and non-medical rationalities. Those other technologies were considered better ways of assisting the parturient in the process of labor. The third analytic lens relates to changings in the understanding of the female body. Based on the separation of body and mind, biomedicine conformed an experience without a subject and contributed to a practice that was permeated by obstetric violence. Humanization reconfigures such understanding, passing from the subaltern body to body that is powerful and able to give birth. Each analytical axis constructed, intend to weave a narrative that points to a new birth culture. Thus, we intend to contribute to the understanding of the sociological aspects contained in the microcosm around childbirth.pt_BR
Aparece en las colecciones: Teses de Doutorado - Sociologia

Ficheros en este ítem:
Fichero Descripción Tamaño Formato  
TESE Camila Pimentel Lopes de Melo.pdf3,7 MBAdobe PDFVista previa
Visualizar/Abrir


Este ítem está protegido por copyright original



Este ítem está sujeto a una licencia Creative Commons Licencia Creative Commons Creative Commons