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Título: Antecologia de Apinagia richardiana (TUL.) Van Royen: múltiplas estratégicas reprodutivas em Podostemaceae neotropical
Autor(es): Sobral Leite, Marcelo
Palavras-chave: Ecologia da polinização; Sistemas generalistas; Floresta Atlântica; Plantas aquáticas; Autogamia
Data do documento: 31-Jan-2009
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Citação: Sobral Leite, Marcelo; Cristina Sobreira Machado, Isabel. Antecologia de Apinagia richardiana (TUL.) Van Royen: múltiplas estratégicas reprodutivas em Podostemaceae neotropical. 2009. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2009.
Abstract: As Podostemaceae são as fanerógamas dulciaqüícolas menos conhecidas com relação aos aspectos reprodutivos. Apinagia richardiana é amplamente distribuída apresentando distribuição disjunta Amazônico-Nordestina. No nordeste do Brasil são encontradas populações em mananciais associados à Floresta Atlântica. Os objetivos deste estudo foram: (i) verificar a estratégia fenológica, (ii) descrever sua biologia floral e (iii) determinar seu sistema reprodutivo e de polinização. A espécie foi estudada no Rio Pirangi, nordeste do Brasil, onde sua floração inicia em outubro e se estende até janeiro. Correlações significativas entre número de indivíduos floridos e o fator ambiental precipitação-nivel das águas nos dois ciclos fenológicos acompanhados (2007, rs = -0,78, p = 0,001 e 2008, rs = - 0,73, p = 0,01), evidenciam a adoção da estratégia fenológica anual e regular, semelhante a outras Podostemaceae. Apinagia richardiana apresenta padrão fenológico explosivo ou cornucópia em nível individual e cornucópia em nível populacional em virtude da massiva produção de flores em períodos de oito dias a seis semanas. Entre os visitantes florais estão abelhas poliléticas Apis mellifera (Apidae), Augochlora sp. e Augochloropsis sp. (Halictidae), além de Tabanus sp. (Tabanidae, Diptera) e libélulas (Caegrionidae, Odonata). A baixa freqüência destes insetos sugere que alogamia por vetores bióticos seja ocasional na espécie. O aumento significativo no comprimento dos filetes (t = 15,38, g.l. = 47, p = 0,00), atingindo os estigmas promove a autofertilização. Houve elevado sucesso na formação de frutos (˂90%) em todos os experimentos do sistema reprodutivo. A espécie é autocompatível não havendo diferença significativa no número de sementes entre os tratamentos (F = 2,65, g.l. = 2, p = 0,07). Os tubos polínicos penetram as micrópilas dos óvulos em todos os tratamentos, no entanto, maior quantidade de tubos atingem os óvulos na autopolinização manual, sugerindo, além da ausência de mecanismos de auto-incompatibilidade, favorecimento da autofecundação. Os experimentos do sistema de polinização, não apresentaram diferenças significativas entre si (F = 0,13, g.l. = 2, p = 0,87), o que aliado aos atributos florais, e.g. flores dorsiventrais, e estruturais, como crescimento agrupado e alta densidade de flores por unidade de área ( x = 111,35±40,01, 0,10 m2 de área) indicam a intensa ocorrência de anemofilia como meio reprodutivo. Autogamia e alogamia também ocorrem em A. richardiana, caracterizando a multiplicidade de estratégias reprodutivas empregadas pela espécie, respostas a condições ambientais favoráveis a cada uma destas estratégias reprodutivas
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/1006
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado - Biologia Vegetal

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