Treinamento de força e seus efeitos na saúde óssea de mulheres pós-menopausa : uma revisão sistemática

Abstract

A menopausa representa um marco fisiológico na vida da mulher, marcado por intensas alterações hormonais, devido à queda dos níveis de estrogênio, fator diretamente relacionado à perda de densidade mineral óssea. Essa alteração hormonal aumenta os riscos de osteopenia, osteoporose e fraturas, comprometendo a autonomia funcional e a qualidade de vida de mulheres na fase pós-menopausa. O presente estudo teve como objetivo analisar os efeitos do treinamento de força na saúde óssea de mulheres pós-menopausa, com base em evidências científicas, destacando sua eficácia, os mecanismos fisiológicos envolvidos e diretrizes seguras de aplicação através de uma pesquisa bibliográfica. A escolha do tema justifica-se pela relevância crescente das questões ligadas ao envelhecimento populacional e à saúde da mulher, bem como pela necessidade de romper paradigmas que ainda associam o treinamento de força a riscos e não à prevenção de agravos. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, qualitativa, básica e descritiva, baseada em revisão de literatura em bases científicas, abrangendo artigos de 2013 a 2024 sobre os efeitos do treinamento de força na saúde óssea de mulheres pós-menopausa. Foram incluídos estudos completos em português, com delineamento experimental, revisão sistemática ou coorte, e excluídos trabalhos duplicados, relatos de caso, amostras mistas e publicações sem dados claros sobre o tema. Os artigos selecionados foram organizados e analisados qualitativamente, identificando convergências e divergências, com a discussão dividida em três eixos: alterações hormonais e ósseas após a menopausa, efeitos do treinamento de força na densidade óssea e parâmetros de segurança na prescrição desse exercício. Os resultados indicaram que o treinamento resistido, quando bem prescrito e supervisionado, promove benefícios expressivos à densidade óssea, força muscular, equilíbrio e qualidade de vida, além de reduzir o risco de quedas e fraturas. As evidências reforçam a importância da atuação do profissional de Educação Física na prescrição segura dessa prática para mulheres nessa fase da vida,