Convívio escolar de crianças e adolescentes hospitalizados

Abstract

Introdução: O adoecimento e a hospitalização afetam o convívio escolar das crianças e adolescentes, gerando experiências que provocam ansiedade e sofrimento. Gestores e profissionais de saúde devem apoiar práticas participativas de cuidado que atendam às necessidades ampliadas na pediatria, como objetivo à educação mediada pela pedagogia hospitalar. Objetivo: O estudo teve como objetivo descrever o convívio escolar de crianças e adolescentes hospitalizadas e a associação com níveis de ansiedade e variáveis sociodemográficas. Metodologia: Pesquisa transversal, quantitativa e analítica, desenvolvida na Enfermaria Pediátrica de um hospital escola público de Pernambuco, com crianças e adolescentes de 6 a 18 anos, com e sem condição crônica e seus acompanhantes responsáveis. Foram utilizados três instrumentos para coleta: Revised children´s manifest anxiety scale – RCMAS – Escala de ansiedade infantil – “O que penso e sinto”; Questionnaire for Identifying Children With Chronic Conditions-Revised (QuICCC-R) e um questionário com dados escolares, sociodemográficos e clínicos. A análise estatística foi descritiva e inferencial. Resultados e Discussões: Observou-se que os pacientes pediátricos enfrentam obstáculos durante a internação, pois o processo de escolarização é interrompido devido à ausência de classe hospitalar instaurada. Além disso, houve prevalência de sintomas ansiosos em meninas e maior tempo de exposição às telas. Conclusão: Portanto, notou-se que a ausência da classe hospitalar e da continuidade dos estudos durante o internamento de pacientes pediátricos, associada ao uso excessivo de telas, contribuiu para o surgimento de sintomas ansiosos, principalmente em meninas.