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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/64434

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Título: Pela kill do machismo: resistência de influenciadoras digitais gamers por meio da performatividade de corpos ciborgues
Autor(es): BATISTA, Marilia Abigail Meneses
Palavras-chave: Mulheres gamers; Teoria da cultura do consumidor; Corpo ciborgue; Performatividade; Netnografia; Análise de discurso pós-estruturalista feminista
Data do documento: 28-Fev-2025
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Citação: BATISTA, Marília Abigail Meneses. Pela kill do machismo: resistência de influenciadoras digitais gamers por meio da performatividade de corpos ciborgues. 2025. Tese (Doutorado em Administração) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2025.
Abstract: Os atuais contextos tecnológicos trouxeram novas formas de consumo e possibilitaram o surgimento de diversas subculturas de consumo. A cultura gamer, enquanto uma subcultura de consumo, pois advém de objetos de consumo (jogos digitais), frequentemente se manifesta como uma cultura prejudicial que descredibiliza, exclui e ataca mulheres e outras minorias que também são integrantes dela, evidenciando assim uma toxidade do consumo. A toxidade presente na subcultura gamer também possui uma dimensão de gênero, sendo influenciada pela cultura patriarcal que rege as relações sociais, supervalorizando o homem branco e cisheteronormativo. No entanto, o consumo nem sempre é sinônimo de toxidade, ele também pode tornar-se um meio para resistência. É neste sentido que defendemos que a luta das mulheres pela permanência e aceitação na cultura gamer constitui uma forma de resistência do consumo e, neste caso, manifesta-se também com um viés feminista. A força feminista das mulheres gamers pode ser visualizada através de influenciadoras digitais gamers que desempenham papéis representativos e catalisadores do movimento, destacando-se em suas atividades prossumeristas como streamers gamers. A presença delas no ciberespaço ocorre por meio de um corpo ciborgue que se materializa digitalmente através de dados e possibilita que elas performem suas identidades, corpos, formas e gêneros. Neste contexto, objetivamos entender como o prossumo de influenciadoras digitais gamers de Counter-Strike revela uma resistência ao machismo por meio da performatividade de seus corpos ciborgues. Para tal, nos debruçamos sobre influenciadoras jogadoras do jogo Counter-Strike (CS:GO), por ser um jogo tipicamente masculinizado e excludente de mulheres. Dado que este fenômeno está intrinsecamente ligado a uma subcultura de consumo inserida no ciberespaço e envolvida em problemas de gênero, utilizaremos a técnica de Netnografia em conjunto com a Análise de Discurso Pós estruturalista Feminista. Nossa análise foi capaz de evidenciar duas “zonas de combate”, a primeira voltada para o ataque às mulheres gamers, formada pelos discursos de poder: "conservação do gamer" e "manutenção do status quo". E a segunda, referente a reação das mulheres gamers, formada pelos discursos de poder: "ruptura feminista" e "Resistência feminista". Com base nesses achados, concluímos que o prossumo de influenciadoras digitais gamers de Counter-Strike revela uma resistência ao machismo por meio da performatividade de seus corpos ciborgues evidenciando uma disputa de poder latente na cultura gamer, na qual essas mulheres são simultaneamente colocadas em posições de submissão e subversão.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/64434
Aparece nas coleções:Teses de Doutorado - Administração

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