Impactos da peri-implantite na autopercepção de saúde e qualidade de vida: uma revisão bibliográfica narrativa.

Abstract

A falta de acesso a um tratamento preventivo bem como a prevalência histórica de uma odontologia mutiladora, faz com que o número de indivíduos edêntulos em busca de reabilitação venha crescendo gradativamente. Dessa forma, o tratamento com o uso de implantes vem se tornando mais acessível e ganhando maior popularidade. Contudo, esse crescimento vem acompanhado de uma elevação nos casos de doenças peri-implantares, que comprometem não só a integridade do implante, mas também o bem estar emocional e psicológico daquele indivíduo. Este estudo teve como objetivo identificar o impacto da peri-implantite na autopercepção de saúde e qualidade de vida de pacientes, além de analisar aspectos psicológicos e funcionais relacionados à perda da saúde peri-implantar. Para isso realizou-se uma seleção de artigos publicados entre 2017 e 2024, disponíveis nas bases de dados PubMed e LILACS, com foco nos termos “implantes dentários”, “qualidade de vida” e “peri-implantite”. A pesquisa revelou que embora os implantes sejam uma solução amplamente eficaz na reabilitação oral, a falta de conscientização sobre a importância da manutenção periódica prejudica os resultados a longo prazo, gerando sentimentos de tristeza e insatisfação possivelmente derivados da perda do implante. Deste modo, apesar de estudos apontarem para a necessidade haver ferramentas mais eficazes para avaliar o impacto psicológico dessas complicações, conclui-se que a peri-implantite impacta significativamente a autopercepção de saúde e qualidade de vida dos pacientes, causando desconfortos estéticos, ansiedade, dor e dificuldades funcionais, como mastigação e fala.