Análise estática da propagação de erros em Rust: um estudo expandido

Abstract

Esse trabalho investiga como erros em projetos Rust são propagados e tratados, analisando repositórios de código aberto para identificar padrões e correlações entre métricas. Em particular, analisamos quão comum é a existência de funções que propagam erros e a distância entre a sinalização e o tratamento desses erros. Além disso, examinamos se o nível de maturidade de um projeto influencia a complexidade da propagação e tratamento de erros. A metodologia adotada envolve a extração automatizada de métricas, como a proporção de propagação de erros por função, a profundidade das cadeias de tratamento e a quantidade de erros ignorados, complementada por técnicas de visualização de dados. Os resultados indicam que, em média, 17% das funções no código dos projetos analisados envolvem propagação ou tratamento de erros. A maioria dos erros na amostra de dados é propagada por até quatro chamadas de função antes de ser tratada, com esse número aumentando conforme a complexidade das cadeias, atingindo um máximo de 12 chamadas nas amostras analisadas. Projetos menos maduros não apresentam diferenças significativas no tratamento de erros quando comparados a projetos mais maduros. Por fim, a investigação revelou padrões relevantes sobre o tratamento de erros em Rust, incluindo práticas comuns no uso das funções expect e unwrap, a substituição de mensagens de erro que compromete a sua rastreabilidade e o uso de erros dinâmicos em executáveis CLI. A principal contribuição deste trabalho é fornecer uma análise do tratamento de erros na linguagem, auxiliando na compreensão das práticas adotadas pela comunidade e oferecendo insights para futuras pesquisas sobre qualidade e segurança do software em Rust.