Funcionalidade e quedas em pessoas idosas com e sem doença de Parkinson

Abstract

Objetivo: Analisar a funcionalidade e prevalência das quedas em pessoas idosas com e sem doença de Parkinson (DP). Método: Estudo observacional, transversal e quantitativo. Foram avaliadas pessoas idosas com e sem DP residentes em Recife-PE. Dados sociodemográficos, histórico de quedas, estado cognitivo e de humor foram coletados por meio de questionários. Os testes utilizados para o desfecho de funcionalidade foram o Timed Up and Go (TUG), Teste de Sentar e Levantar, Velocidade de Marcha, Teste do Degrau e Teste de Preensão Manual. Resultados: Amostra composta por 81 idosos, dos quais 31 tinham DP. Dentre esses, 48% dos idosos com DP (GQP) relataram quedas, enquanto 38% dos sem DP (GQSP) também sofreram quedas. O GQP apresentou pior desempenho nos testes de funcionalidade, com maior tempo para completar o TUG (14,8 segundos) e menor velocidade de marcha (1,1 m/s) em comparação aos idosos sem DP (10,3 segundos no TUG e 1,4 m/s na velocidade de marcha). Observaram-se que em comparação aos idosos não caidores (GC), os idosos dos grupos que sofreram quedas (GQP e GQSP) obtiveram piores indicadores funcionais, com prejuízo mais acentuado no GQP. Conclusão: A prevalência de quedas em ambos os grupos foi elevada. Pessoas idosas caidoras apresentaram pior desempenho no TUG e menor velocidade de marcha, reforçando a relação entre quedas e declínio funcional. A DP agrava esse quadro, tornando essa população mais vulnerável e evidenciando a necessidade de estratégias específicas de prevenção e manejo.