Imunoterapias baseadas em linfócitos para tratamento de cânceres HPV-relacionados

Abstract

O Papilomavírus Humano (HPV) é um vírus espécie-específico que infecta o homo sapiens, e é pertencente à família Papillomaviridae do gênero papillomavirus. Este patógeno é apontado como responsável por pelo menos 50% dos casos de câncer causados por vírus, sendo os tipos mais oncogênicas o HPV-16 e HPV-18, pivôs do desenvolvimento de vários tipos de lesões pré-cancerosas e neoplasias malignas como o câncer de cabeça e pescoço, ânus, pênis e principalmente o câncer cervical em qualquer idade. Atualmente os tratamentos para câncer HPV relacionados incluem cirurgia, radioterapia e quimioterapia, todos com alto grau de agressividade e invasivos, além disso não são direcionados com especificidade para o tratamento do câncer causado por HPV. Neste contexto, a imunoterapia aparece como uma alternativa menos invasiva com uma abordagem mais focada, é por este motivo que o presente trabalho discute as imunoterapias voltadas às células T. Este trabalho também apresenta um breve panorama do microambiente tumoral em cânceres HPV positivos e relaciona este às imunoterapias atualmente disponíveis, assim como algumas que ainda estão em processo de pesquisa. Para atingir esse objetivo, foi realizada uma análise de artigos científicos obtidos nas bases de dados PubMed, Sciencedirect, Google Scholar, CAPES e SciELO, incluindo artigos em inglês, entre 2021 e 2024, e excluindo teses, artigos duplicados, dissertações, resumos publicados em eventos científicos e artigos sem relevância para o tema do presente estudo. Deste modo, é esperado que esta revisão seja de utilidade para elucidar quais imunoterapias baseadas em linfócitos existem em aplicação e em estudo para tratar neoplasias causadas pelo HPV, além de servir como base de pesquisa em estudos futuros sobre o tema. Com o resultado do estudo foi possível determinar que as imunoterapias relacionadas à linfócitos produzem resultados positivos no câncer causado pelo HPV, principalmente quando em combinação com as terapias tradicionais como a quimioterapia e a radioterapia, possibilitando a regressão de tumores e atuando sobre o restabelecimento da imunidade. Conclui-se, portanto, a relevância deste campo de estudo e a sua importância para o desenvolvimento de linhas de tratamentos combinados que abranjam toda a complexidade do quadro do paciente.