Estudo da propriedade radioprotetora in vitro do extrato de Gingko biloba através da análise citogenética de linfócitos humanos do sangue periférico irradiado

Abstract

Um radioprotetor pode ser definido como um agente químico ou droga capaz de diminuir o dano biológico provocado pela radiação, resultante de alterações cromossômicas, convencionalmente identificadas através de algumas técnicas, sendo duas delas a análise citogenética de cromossomos dicêntricos e a técnica de micronúcleos (MN) com bloqueio da citocinese celular (CBMN - Cytokinesis-Block Micronucleus). Os radioprotetores atuam na captura dos radicais livres com efeito antioxidante. Quando administrados no organismo, atuam diminuindo os sintomas pós-exposição. O presente estudo tem o objetivo de avaliar o efeito radioprotetor in vitro do extrato de Gingko biloba em diferentes concentrações em linfócitos humanos do sangue periférico expostos à dose absorvida de 2Gy de radiação gama por meio da técnica citogenética convencional de cromossomos dicêntricos e técnica de micronúcleos por bloqueio da citocinese celular. Um voluntário saudável e não fumante foi selecionado, após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Neste estudo, as amostras foram expostas à fonte de 60Co (irradiador Gammacel 220), localizada no Departamento de Energia Nuclear (DEN-UFPE), com dose absorvidas de 2,0Gy. As preparações citológicas para as análises cromossômicas foram obtidas a partir das culturas de linfócitos, onde o extrato de Ginkgo biloba foi aplicado em diferentes concentrações nas culturas preparadas. As concentrações de 0,025 mg/ml e 0,05mg/ml do extrato de Ginkgo biloba foram capazes de reduzir a frequência de cromossomos dicêntricos e micronúcleos. O teste ANOVA revela uma observação importante quando comparadas as amostras irradiadas e não irradiadas, na qual as análises de dicêntricos obtiveram um valor de (p<0,05), que representa significância estatística, esta diferença é detalhada através do teste de Tukey que mostras entre os grupos irradiador sem Ginkgo (I-0,0) e com o grupo tratado (I-0,025), para as amostras de micronúcleo, não houve relevância estatística significativa (p>0,05). Quando analisadas de forma individual através do teste de Tukey, se observa diferença entre os grupos que não foram tratados com o extrato de Gingko (I-0,0) e o grupo tratado (I-0,025), bem como com os grupos (I-0,0 x I-0,05). Com isso foi possível observar que o extrato de Ginkgo biloba, foi capaz de reduzir o dano radioinduzido, no entanto, mais estudos com um número maior de células devem ser realizados.