Avaliação da confiabilidade de ângulos glabelares como meio de investigação do sexo pelo crânio

Abstract

Considerando que a identificação humana é um dos objetivos primordiais da ciência antropológica forense e que para a construção do perfil biológico, são necessários estudos frequentes, o presente estudo avaliou o emprego do osso frontal como método para estimativa do sexo em crânios humanos secos. Para isto, foi utilizada uma amostra de 60 crânios do acervo do Laboratório de Antropologia e Osteologia Forense (LAOL), que apresentassem o osso frontal integro, independentemente da idade, sendo excluídos aqueles que apresentarem deformidades anatômicas nas regiões referenciais dos pontos craniométricos empregados neste estudo. Todos os crânios foram fotografados, demarcadas as medidas do ângulo frontal de Schwalbe e também o ângulo formado a partir da inclinação da glabela e plano de Frankfurt. Os dados obtidos foram analisados estatisticamente por meio das medidas: média, desvio padrão (média ± DP), mediana e os percentis 25 e 75 (mediana (P25; P75)) para as variáveis numéricas. Na comparação entre as duas avaliações em cada sexo foi utilizado o teste de Wilcoxon pareado e a comparação entre sexos foi através do teste t-Student com variâncias iguais. Os resultados obtidos nos levaram a considerar que os angulos relacionados a Inclinação da glabela e o Frontal de Schwalbe alvitraram presença de dimorfismo sexual.