A influência das dietas restritivas na Compulsão Alimentar

Abstract

Na sociedade atual, a imposição midiática, o sedentarismo, o consumo de alimentos ultraprocessados e a obesidade podem estar na gênese da insatisfação corporal e da busca por emagrecimento rápido por meio das dietas restritivas. No entanto, a utilização de dietas restritivas pode representar um fator de risco para transtorno de compulsão alimentar (TCA). O objetivo deste estudo foi sintetizar e descrever a relação entre as dietas restritivas e o risco de transtorno de compulsão alimentar (TCA). Consiste em uma revisão integrativa da literatura baseada em artigos publicados nos últimos cinco anos (2019-2024), a pesquisa foi realizada através dos bancos de dados Google Acadêmico, Medline, Lilacs e Index Psicologia - Periódicos, com os seguintes descritores: “dieta”; “compulsão alimentar”; “restrição” junto com o operador booleano: “AND”. A análise dos resultados obtidos evidenciou uma relação direta entre as restrições alimentares extremas e o desenvolvimento do TCA, destacou o Jejum Intermitente (JI) e a Low Carb (LC) como as dietas restritivas mais utilizadas e os principais grupos de risco observados foram: população com obesidade, mulheres e universitários de saúde. A utilização de dietas restritivas promove diversas alterações neurofisiológicas e é um fator precursor da compulsão alimentar. Assim, o acompanhamento nutricional é essencial na prevenção e no tratamento do TCA.

Palavras-chave: “dieta”; “compulsão alimentar”; “restrição”.