COMPARAÇÃO DE DIFERENTES PROTOCOLOS FOTOGRAMÉTRICOS PARA OBTENÇÃO DE MALHAS TRIDIMENSIONAIS RELATIVAS À RECONSTRUÇÃO FACIAL FORENSE: revisão integrativa

Abstract

A Reconstrução Facial Forense (RFF) desempenha um papel crucial no reconhecimento de indivíduos a partir do crânio quando métodos tradicionais não estão disponíveis. Utilizando dados de ancestralidade, gênero e idade, a RFF reconstroi a face, facilitando o reconhecimento. Diferentes métodos, como o Russo, Americano e Manchester, são empregados, assim como técnicas tanto 2D quanto 3D, seja de forma manual ou digital. Nesse contexto, a fotogrametria emerge como uma alternativa econômica à tomografia para criar modelos faciais. Esta revisão integrativa, seguindo o protocolo PRISMA, abrange estudos de 2014 a 2024 nas bases LILACS, MedLine, BVS, SciELO e Google Acadêmico, focalizando especificamente na fotogrametria para a reconstrução facial forense. Dos 258 artigos inicialmente encontrados, 13 foram incluídos após a exclusão de duplicatas e irrelevantes. A análise revela uma diversidade de abordagens na reconstrução craniofacial e modelagem 3D de crânios, com destaque para o uso variado de câmeras, técnicas de iluminação e software. As técnicas de posicionamento do crânio e o número de fotografias capturadas variam consideravelmente, enquanto o processamento de imagens envolve software como Autodesk, Blender e Agisoft. Os marcadores de referência são essenciais para garantir a precisão, e a criação de modelos 3D inclui nuvens de pontos, malhas 3D e texturização. Destaca-se que a fotogrametria se mostra como uma ferramenta poderosa para gerar modelos 3D a partir de imagens digitais, no entanto, a falta de um protocolo unificado para sua aplicação na reconstrução facial forense evidencia a necessidade de diretrizes consensuais para garantir a qualidade e precisão dos resultados em diferentes contextos forenses.