Skip navigation
Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/57159

Compartilhe esta página

Registro completo de metadados
Campo DCValorIdioma
dc.contributor.advisorSOARES, Thiago-
dc.contributor.authorLIMA, Mariana Lins-
dc.date.accessioned2024-08-01T14:17:58Z-
dc.date.available2024-08-01T14:17:58Z-
dc.date.issued2023-06-21-
dc.identifier.citationLIMA, Mariana Lins. O envelhecimento feminino como incômodo na música pop. 2023. Tese (Doutorado em Comunicação) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2023.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/57159-
dc.description.abstractPor entender a música pop como espaço fortemente identificado com a juventude, esta pesquisa busca analisar como a permanência de cantoras velhas em atividade produz incômodo no âmbito da cultura midiática. Para isso, a tese contextualiza o cenário hostil ao envelhecimento no gênero pop dance, mostrando como o avanço da idade impacta na longevidade das carreiras de mulheres cujos trabalhos estiveram predominantemente vinculados ao corpo atlético, sexualizado e jovem. Postula-se que a vigilância e o controle do corpo sintetizam a articulação das lógicas do biopoder foucaultiano e da “reprivatização da velhice” (DEBERT, 2020) dentro de enquadramentos de gênero. Adota-se a crítica à ideia do envelhecimento positivo, bastante difundida midiaticamente sob a roupagem do cuidado de si e da autoajuda, abrindo o debate sobre as potências epistêmicas da velhice como aspecto interseccional. Dois aportes teóricos são centrais para o assentamento desta argumentação: a noção de incômodo no campo da música (TROTTA, 2016), desenvolvida a partir dos escritos de sobre experiências musicais compulsórias, em deslocamento para os estudos do corpo, no mapeamento de desconfortos sociais que operam códigos de conduta, padrões éticos e estéticos tensionados pelo contato inescapável com a presença do “Outro”; e a noção de “moral da pele lisa” (SIBILIA, 2011), para pensar o rechaço ao corpo velho nas instâncias midiáticas na chave da obscenidade, do moralmente inadequado que precisa ser dissimulado pelos inúmeros recursos digitais disponíveis. Como resultado, a pesquisa oferece um panorama das modulações que as diferentes culturas operam nas nuances da longevidade e do idadismo nos contextos estadunidense e brasileiro, apontando para zonas de negociação turvas em que artistas mulheres da música pop precisam atuar para seguirem ocupando espaços midiáticos. Duas operações empíricas são empreendidas: na primeira, coloca-se em perspectiva duas estrelas da música pop estadunidense (Madonna e Cher) com o intuito de verificar, nas performances ao vivo, os imperativos do corpo pós-disciplinar e as crises que emergem da escolha de seguirem em plena atividade na indústria do entretenimento; na segunda, examina como a cultura brasileira modula a velhice de uma importante cantora pop (Gretchen) na engrenagem do humor e do processo de memetização como possibilidade de permanência no mercado musical espraiado nas redes sociais digitais. Conclui-se que o envelhecimento feminino instaura uma série de problemas de enquadramento para cantoras pop ao impor a necessidade de negociação e gestão de imagem, incidindo em processos que revelam tanto a violência da exposição e do bullying ao corpo velho, quanto a capitalização e negociação da jocosidade como estratégia de reposicionamento pessoal e artístico (rebranding). Aposta-se na premissa de que a violência estrutural do idadismo pode ser tensionada, negociada e até revertida em benefício de quem ousa não parar.pt_BR
dc.description.sponsorshipFACEPEpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Pernambucopt_BR
dc.rightsopenAccesspt_BR
dc.rightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/*
dc.subjectCultura poppt_BR
dc.subjectMadonnapt_BR
dc.subjectMúsica popular massivapt_BR
dc.subjectEtarismopt_BR
dc.subjectPerformancept_BR
dc.titleO envelhecimento feminino como incômodo na música poppt_BR
dc.typedoctoralThesispt_BR
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/3168749347137058pt_BR
dc.publisher.initialsUFPEpt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR
dc.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/8404228786481624pt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pos Graduacao em Comunicacaopt_BR
dc.description.abstractxBy understanding pop music as a space strongly identified with youth, this research seeks to analyze how the permanence of old singers in activity produces discomfort in the sphere of media culture. To this end, the thesis contextualizes the hostile aging scenario in the pop dance genre, showing how advancing age impacts the longevity of the careers of women whose work has been predominantly tied to the athletic, sexualized, and youthful body. It is postulated that surveillance and control of the body synthesize the articulation of Foucauldian biopower logics and the "reprivatization of old age" (DEBERT, 2020) within gender frameworks. We adopt a critique of the idea of positive aging, which is widespread in the media under the guise of self- care and self-help, opening the debate on the epistemic power of old age as an intersectional aspect. Two theoretical contributions are central to the settlement of this argument: the notion of discomfort in the field of music (TROTTA, 2016), developed from the writings about compulsory musical experiences, in displacement to body studies, mapping social discomforts that operate codes of conduct, ethical and aesthetic standards tensioned by the inescapable contact with the presence of the "Other"; and the notion of "moral of smooth skin" (SIBILIA, 2011), to think the rejection of the old body in media instances in the key of obscenity, of the morally inadequate that needs to be disguised by the numerous digital resources available. As a result, this research offers an overview of the modulations that different cultures operate on the nuances of longevity and ageism in the American and Brazilian contexts, pointing to turbulent negotiation zones in which women pop music artists need to act in order to continue occupying media spaces. Two empirical operations are undertaken: in the first one, two American pop music stars (Madonna and Cher) are put in perspective in order to verify, in their live performances, the imperatives of the post-disciplinary body and the crises that emerge from their choice to continue active in the entertainment industry; in the second one, it examines how the Brazilian culture modulates the old age of an important pop singer (Gretchen) in the gears of humor and the “memetization” process as a possibility to remain in the music market spread through the digital social networks. It is concluded that female aging establishes a series of framing problems for pop singers by imposing the need for negotiation and image management, focusing on processes that reveal both the violence of exposure and bullying to the old body, and the capitalization and negotiation of jocosity as a strategy of personal and artistic repositioning (rebranding). We are betting on the premise that the structural violence of ageism can be tensioned, negotiated, and even reversed to the benefit of those who dare not to stop.pt_BR
Aparece nas coleções:Teses de Doutorado - Comunicação

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
TESE Mariana Lins Lima.pdf3,88 MBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Este arquivo é protegido por direitos autorais



Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons