Inventário Arbóreo-Arbustivo viário na academia da cidade em trecho da BR-101 no município do Cabo de Santo Agostinho - PE

Abstract

A pesquisa aborda a relação entre desenvolvimento urbano e conservação ecológica, concentrando-se no inventário arbóreo e arbustivo ao longo da BR-101, Município de Cabo de Santo Agostinho-PE. Destaca-se a importância das árvores urbanas na qualidade do ar, mitigação do calor urbano e biodiversidade. O objetivo geral é realizar levantamento da vegetação da Academia da Cidade à margem da BR-101, contribuindo para espaços públicos que conservem a flora local. O objetivo específico é o levantamento bibliográfico sobre o tema, elaboração de tabela com dados coletados, incluindo nomes científicos, origem e utilidade das espécies e a coleta de informações sobre cada indivíduo, observando estado de conservação. A metodologia é composta da pesquisa ocorrida na Academia da Cidade, BR-101, Cabo de Santo Agostinho. Detalhes geográficos, clima e vegetação da região foram obtidos. A coleta de informações urbanísticas, a avaliação da estrutura do local, levantamento florístico e a coleta de dados. O resultado aborda a importância da preservação da biodiversidade na paisagem urbana, com foco na vegetação viária da Academia da Cidade, localizada no Cabo de Santo Agostinho. Os resultados destacam a presença significativa de espécies nativas, contribuindo para a riqueza biológica e a biodiversidade local. Inspirado pelos conceitos de Roberto Burle Marx, renomado paisagista brasileiro, o estudo enfatiza a integração entre natureza e arte, a valorização da flora nativa e a harmoniosa interação com o entorno urbano. A pesquisa identifica espécies, como Garapeira, Sombreiro, Ipês, Cana-de-macaco e Capororoca, no inventário arbóreo-arbustivo, ressaltando sua contribuição para a biodiversidade, conectividade ecológica e benefícios ambientais. Além dos aspectos ecológicos, as espécies selecionadas também possuem características ornamentais, sensibilizando a comunidade sobre a importância da preservação ambiental. A resposta efetiva destaca a abordagem sustentável adotada durante o levantamento, integrando conceitos de sustentabilidade e conservação da biodiversidade. A análise criteriosa das espécies presentes evidencia o alinhamento com princípios de regulação térmica, controle de enchentes e promoção da biodiversidade, contribuindo para ambientes urbanos mais sustentáveis. A pesquisa fundamenta-se em uma revisão abrangente de artigos científicos, relatórios de órgãos ambientais e trabalhos acadêmicos. A sinergia entre essas fontes enriquece o embasamento teórico, proporcionando uma compreensão da complexidade do ecossistema urbano. A conclusão do estudo realizado na Academia da Cidade revelou a presença de 24 espécies, sendo nove nativas e 15 exóticas. O cultivo predominante de espécies exóticas, como o Coqueiro e a Amendoeira-da-praia, destaca-se, com a família Bignoniaceae sendo a mais cultivada. A diversidade de espécies, incluindo representantes como Ipês, Garapeira, Sombreiro e Cana-de-macaco, evidencia a riqueza do ambiente estudado. A pesquisa enfatiza a importância da adaptação e cuidado adequado para garantir o sucesso de todas as espécies, nativas ou exóticas, na paisagem urbana. O trabalho destaca a relevância da criação de espaços públicos voltados para a conservação da flora local, promovendo benefícios ambientais à comunidade. O levantamento florístico fornece informações essenciais para futuras ações de conservação, manejo e planejamento urbano, orientando práticas sustentáveis, educação ambiental e integração de áreas verdes na infraestrutura urbana. A análise da ligação ecológica e preservação da biodiversidade ressalta a importância estratégica das espécies nativas, especialmente na Mata Atlântica, destacando sua contribuição para a estabilidade do ecossistema local e a criação de corredores verdes urbanos. A inclusão de nove famílias botânicas nativas reforça a necessidade de políticas públicas voltadas para a promoção da vegetação autóctone. O inventário arbóreo-arbustivo na Academia da Cidade não apenas cataloga espécies, mas estabelece uma base de conhecimento essencial para o desenvolvimento de estratégias de gestão ambiental e promoção da biodiversidade em áreas urbanas. A continuidade desse trabalho é crucial para garantir a sustentabilidade e resiliência dos ecossistemas urbanos, contribuindo para a qualidade de vida das comunidades e a preservação do patrimônio natural.