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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/56303
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Título : | Ser e/ou não ser : a dupla natureza do discurso senhorial em anúncios de escravizados no Diário de Pernambuco (1837-1843) |
Autor : | CORREIA, Pedro Ivo Szpak Furtado |
Palabras clave : | História; História social; Escravismo; Análise crítica do discurso; Anúncios - Jornais; Pernambuco |
Fecha de publicación : | 24-abr-2024 |
Editorial : | Universidade Federal de Pernambuco |
Citación : | CORREIA, Pedro Ivo Szpak Furtado. Ser e/ou não ser: a dupla natureza do discurso senhorial em anúncios de escravizados no Diário de Pernambuco (1837-1843). 2024. Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2024. |
Resumen : | O presente trabalho aborda uma aparente dicotomia na base do discurso senhorial no século XIX visualizada a partir de anúncios de venda e fuga de escravizados no Diário de Pernambuco. Seu objetivo envolve reivindicar a viabilidade e a relevância de uma proposta de interdisciplinaridade entre a história e a linguística, contribuindo para a história social da escravidão no Brasil, demonstrando a realidade oitocentista do cotidiano do cativeiro a partir do discurso senhorial. A teoria desta pesquisa é de base materialista e crítica, sendo composta, principalmente, pelo conceito marxiano de totalidade; pela dinâmica da negociação e do conflito, de J. J. Reis e E. Silva; pela crítica à historiografia tradicional do escravismo, em C. Moura, A. Nascimento e B. Nascimento; pela Análise Crítica do Discurso, em N. Fairclough, T. van Dijk e T. van Leeuwen; e pelo conceito de signo linguístico, de F. de Saussure. As fontes históricas são centenas de anúncios de venda e de fuga de escravizados em setenta edições do Diário, entre 1837 e 1843, e os dicionários de L. M. da Silva Pinto (1832) e A. de Moraes e Silva (1823). A metodologia, de teor indutivo-dedutivo, envolve uma proposta qualitativa de análise do discurso e outra quantitativa de investigação dos signos encontrados. A partir disso, descortina-se a aparente dupla natureza do discurso senhorial, composta por uma dimensão comodificadora e outra subjetivadora dos agentes históricos escravizados. Nos anúncios, tendo a primeira dimensão como perspectiva, visualiza-se a predominância de menções às “nações” africanas, a indivíduos entre 16 e 20 anos, a mulheres vendidas e homens fugidos e a ofícios domésticos entre os vendidos e ofícios do ganho entre os fugidos. Quanto à segunda dimensão, vê-se características físicas genéricas e “sedutoras” na venda e específicas e “sinceras” na fuga; ausência de defeitos entre os vendidos; alta frequência de cicatrizes, vícios e sequelas de doenças entre os fugidos; menções às habilidades da fala e ao semblante; a frequência com a qual os fugidos se “intitulavam forros”; o uso de adereços como brincos e a presença de “marcas de nação”; e a primazia de peças de roupa de algodão ou de chita. |
URI : | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/56303 |
Aparece en las colecciones: | Dissertações de Mestrado - História |
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