Diferentes graus de sucção da ventosaterapia na melhora da dor lombar e incapacidade funcional

Abstract

Introdução: O uso da ventosaterapia tem crescido no tratamento da dor lombar, no entanto ainda não se sabe qual o grau de sucção mais eficaz. Objetivos: Comparar os diferentes graus de sucção da ventosaterapia aplicada em acupontos na diminuição da dor e incapacidade ligadas à dor lombar crônica inespecífica. Métodos: Consiste em um ensaio clínico randomizado, sham controlado. Os participantes receberam ventosaterapia nos seguintes acupontos: HT3, ST36, BL23, BL24, BL25, GV4, BL30, BL40 e BL58, em 5 sessões por 20 minutos. Foram randomizados em grupo ventosa leve (n = 9), ventosa moderada (n = 7), ventosa intensa (n = 7) e grupo sham (n = 10). Foram avaliados em três momentos, baseline, pós tratamento e follow-up (quatro semanas após o tratamento). A intensidade da dor foi avaliada por meio da EVA (Escala Visual Analógica) e a incapacidade pelo ODI (Oswestry Disability Index). Os grupos foram comparados por diferença de média por ANOVA e Post Hoc de Bonferroni. Resultados: O grupo ventosa moderada apresentou maior diminuição da dor (p = 0,003), entretanto na incapacidade não foi significativa, (p = 0,066), no pós-tratamento, quando comparado aos outros grupos. Houve 100% de sucesso do tratamento na diminuição da dor no grupo ventosa moderada. No follow-up não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos, EVA (p = 0,981) e ODI (p = 0,232). Conclusão: A ventosaterapia moderada (2 pumps) em acupontos supera demais sucções e sham no tratamento da dor em indivíduos com dor lombar crônica após cinco sessões, já na incapacidade não houve diferença.