Tratamentos oncológicos e repercussões na qualidade de vida das mulheres : revisão integrativa

Abstract

Introdução: Entende-se que as taxas de cura para o câncer permanecem relativamente baixas, tornando essencial a implementação de medidas de controle de sintomas para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Objetivo: Identificar na literatura as principais repercussões dos tratamentos oncológicos na qualidade de vida das mulheres. Metodologia: Foi realizada uma Revisão Integrativa da Literatura, utilizando os termos controlados conforme os descritores DeCS e MeSH: “Câncer Ginecológico”, “Neoplasias Ginecológicas”, “Qualidade de Vida”, “Qualidade de Vida Relacionada à Saúde”, “QVRS”, “Genital Neoplasms, Female”, “Female Genital Neoplasm”, “Female Genital Neoplasms”, “Genital Neoplasm, Female”, “Gynecologic Neoplasm”, “Gynecologic Neoplasms”, “Neoplasm, Female Genital”, “Neoplasm, Gynecologic”, “Neoplasms, Female Genital”, “Neoplasms, Gynecologic”, “Quality of Life”, “Health Related Quality Of Life”, “Health-Related Quality Of Life”, “HRQOL”, “Life Quality”, nas seguintes bases de dados via Portal de Periódicos CAPES: Medical Literature Analysis and Retrievel System Online (Medline/PubMed), SCOPUS (Elsevier), Web of Science (WoS), EMBASE, American Psychological Association Base (PSYCINFO), BDENF e Oasis BR. Resultados: A amostra final foi composta por 25 artigos, publicados entre os anos de 2018 a 2023, Dentre os principais achados podemos destacar que as principais repercussões são: psicológicas (medo, estresse, ansiedade, depressão, tristeza, incertezas sobre o futuro), tais repercussões estão presente em metade dos artigos analisados. Discussão: para melhor organização dos resultados, determinou-se três categorias temáticas, a saber: 1) Principais repercussões dos tratamentos oncoginecológicos que impactam diretamente a qualidade de vida das mulheres; 2) Rede de apoio como influência na qualidade de vida; 3) Domínio dos sistemas de saúde na prevenção e controle das neoplasias ginecológicas relacionando-o às repercussões psicossociais e qualidade de vida das mulheres. Conclusão: os desafios enfrentados por mulheres com câncer ginecológico, abordando impactos físicos, emocionais, psicológicos, sexuais, sociais e financeiros do tratamento. Destaca-se a complexidade da jornada, com efeitos adversos, distúrbios mentais, estresse pós-traumático e importância da aceitação corporal. A toxicidade financeira é estressante, afetando a tomada de decisões. A falta de suporte contribui para a ansiedade. A rede de apoio é vital, enquanto a ausência gera desafios emocionais e econômicos. A influência patriarcal, intervenções terapêuticas e papel dos profissionais de saúde são mencionados. Sistemas de saúde têm papel crucial, mas enfrentam fragilidades. Enfermeiras(os) devem adotar abordagem holística, minimizar tempo de espera, oferecer suporte psicossocial e colaborar interdisciplinarmente. Achados embasam a prática da enfermagem, mas indicam necessidade de pesquisa sobre a relação entre tempo de diagnóstico, duração do tratamento e qualidade de vida. Essa lacuna destaca a importância contínua da pesquisa para soluções mais abrangentes no enfrentamento do câncer em mulheres.