A relação entre a aversão à Matemática e o potencial resiliente apresentado em estudantes do terceiro ano do ensino médio.

Abstract

Sabemos que ao longo da trajetória acadêmica o/a estudante pode passar por uma série de situações, tanto boas como ruins, que podem ser provocadas por vários fatores. As situações difíceis geram medo e/ou aversão a algo ou alguém. Não raro, a Matemática é cercada por medos e angústias por parte do alunado. Caso a situação tenha sido enfrentada e superada, com ganhos reais para o amadurecimento de cada um/a, diríamos que estamos diante de pessoas fortemente resilientes. A Resiliência consiste na capacidade de lidar com as adversidades e, ao superá-las, transformar-se para melhor. Apesar dela ser um atributo humano dinâmico, que varia a depender de cada momento e situações vivenciadas, ela comumente sinaliza um perfil geral. O nosso trabalho partiu do pressuposto de que alunos/as que possuem algum tipo de aversão à Matemática, apresentam um baixo nível de Resiliência. Nesse sentido, investigamos se o nível de Resiliência apresentado no momento da pesquisa, por 98 alunos/as do terceiro ano do ensino médio, em uma escola de tempo integral de Pernambuco, poderia sugerir alguma relação com o modo como enfrentam situações ansiógenas em relação à aprendizagem da Matemática. A coleta de dados ocorreu através da utilização de dois questionários, um voltado à investigação da aversão à Matemática e outro sobre a Resiliência. Após a análise dos mesmos, concluímos que, diferente do que pensávamos, o público que apresentava características de aversão/medo a Matemática, cerca de 27 alunos/as, em sua maioria possuía Resiliência Média Alta. Ou seja, apesar do público investigado apresentar algum traço de aversão, isso não implicou em uma Resiliência frágil.