Potencial terapêutico dos flavonoides na paralisia cerebral : uma revisão integrativa

Abstract

A paralisia cerebral consiste em uma condição multifatorial que surge após injúria no cérebro em desenvolvimento, comprometendo a postura, o movimento e o equilíbrio dos indivíduos acometidos. Dentre os distúrbios do movimento associados à paralisia cerebral estão a discinesia, espasticismo, atetóide e a soma de mais de um desses. Além disso, sabendo da incidência da paralisia cerebral em países desenvolvidos e em desenvolvimento, e sabendo que os tratamentos atuais consistem em uso de ferramentas que auxiliam pacientes com essa condição, nos sintomas e na melhoria da qualidade de vida, como uso de medicamentos e tratamentos fisioterápicos, o uso de novas substâncias potenciais vêm se mostrando uma alternativa promissora. No qual, os flavonoides se destacam não só pelas suas características antioxidantes, mas também pela ação neuroproteora e anti-inflamatória, na cognição e na atrofia dos músculos. Diante disso, essa revisão de literatura integrativa busca reunir trabalhos que vêm sendo publicados a respeito do potencial dos flavonoides na paralisia cerebral. Sendo realizado um levantamento bibliográfico acerca dos flavonoides com potencial para uso terapêutico na paralisia cerebral, por meio da identificação do tema proposto e pesquisas nas bases de dados: PubMed, Web of Science, Scopus, LILACS e Scielo, a partir das palavras-chave: Cerebral Palsy, polyphenols, flavonoids, functional foods e nutraceutical, publicados nos últimos 5 anos no idioma inglês, espanhol e português. Após leitura do título, resumo e do artigo completo foram obtidos 6 artigos, que foram selecionados para integrar a revisão, em seguida foi realizada a interpretação dos resultados. Conclui-se com os resultados obtidos que o uso de flavonoides, como kaempferol, apigenina, quercetina, amentoflavona e icariína apresentam potencial para auxiliar na elaboração de estratégias terapêuticas eficazes para as manifestações clínicas observadas na PC associada ao período perinatal, em especial na hipóxia-isquemia. Sendo necessário mais estudos para investigar outros tipos de flavonoides e estudos clínicos.