Influência da superfície do latão na aderência de TiO2 para produção de adsorventes estruturados

Abstract

A adsorção é uma das operações unitárias com mais destaque sendo estudada atualmente para tratamento de águas e efluentes. Constitui de um fenômeno físico-químico em que ocorre a acumulação de uma substância (adsorvato) em uma interface sólida (adsorvente) preferencialmente insolúvel, porosa e de elevada área superficial. Nesse quesito, o uso de uma estrutura como suporte para o adsorvente favorece o processo, devido a sua área superficial aumentar a região de atuação do adsorvente com menor perda de carga. Diante disso, se faz necessário estudos acerca das melhores condições superficiais do suporte estruturado para otimizar a aderência do adsorvente em suspensão. Este estudo teve como objetivo analisar tais condições, obtidas através de tratamento térmico a diferentes temperaturas e tempo de calcinação. Assim como a influência dessas variações na aderência do adsorvente dióxido de titânio (TiO 2 ) em suspensão nos suportes estruturados de latão e avaliados quanto à capacidade adsortiva no leito fixo. Os substratos foram preparados à 500 ºC, 525 ºC, 550 ºC e 600 ºC, por 1 hora, 2 horas, 4 horas e 8 horas de calcinação, totalizando 16 condições, sob a forma de monólitos. Também foi utilizado como referência o substrato sem preparo térmico para análise da influência das estruturas geradas na eficiência. A suspensão foi obtida ao dissolver 19,4% de TiO 2 em água destilada. Tais monólitos foram imersos na suspensão pela técnica de washcoating e verificada a aderência do dióxido de titânio na superfície do substrato no leito fixo, com as variáveis temperatura (500 ºC, 525 ºC, 550 ºC e 600 ºC) e tempo de calcinação (1 hora, 2 horas, 4 horas e 8 horas). Os resultados indicaram que as melhores aderências obtidas foram para os monólitos sem calcinação (83,5% em média) e para um monólito calcinado à 500 ºC com aderência favorável (80%). Para as demais condições, a eficiência foi abaixo de 60%.