PRÁTICAS DE ALIMENTAÇÃO EM PREMATUROS MENORES DE 06 MESES DE IDADE CORRIGIDA: UM ESTUDO TRANSVERSAL.

Abstract

O nascimento pré-termo é aquele que antecede as 40 semanas gestacionais previstas, acontecendo dessa forma com menos de 37 semanas de gestação. No qual, nos últimos anos tem ocorrido um aumento notável em seus nascimentos no âmbito mundial com incidência de 11,1% e nacional de 12,4%. Diante disso a neonatologia tem enfrentado um novo desafio que é promover um aporte nutricional adequado a esses recém-nascidos pré-termo, para que não ocorra o comprometimento do crescimento e o desenvolvimento pós natal dessas crianças Nesse contexto, o presente estudo objetivou avaliar as práticas de alimentação de prematuros menores de 6 meses de idade corrigida acompanhados no ambulatório de egresso em um hospital de referência para gestação de alto risco. Trata-se de um estudo de coorte prospectivo envolvendo binômios mães-bebês de prematuros internados no Hospital João Murilo de Oliveira durante o período de setembro de 2016 a maio de 2017, e em seguidas eram acompanhadas no ambulatório de egresso. Obteve-se dentre os resultados que, antecedendo o sexto mês de vida 66,6% dos prematuros estudados, já possuíam como prática alimentar o aleitamento artificial, sendo este de uso único ou associado com o aleitamento materno caracterizando o aleitamento materno misto. A utilização das fórmulas infantis industrializadas ultrapassou com maior frequência o leite de vaca para substituição e/ou complementação do leite materno. Quanto a inclusão da adição do óleo em 3%, necessário para a devida correção da deficiência de energia e ácidos graxos essenciais no preparo do leite de vaca para crianças menores de 4 meses, verificou-se que nenhuma das mães utilizava o mesmo. Concluiu-se que, além de todas as adversidades que a competem diante do nascimento prematuro, ainda assim estão sendo submetidas a iniciarem a vida diante da exposição ao maior risco à saúde relacionada atual desmame precoce; baixa prevalência de aleitamento materno; elevada utilização de fórmulas infantis, como também incorreta diluição do leite de vaca oferecido.