A associação entre o sexo biológico e as condições socioeconômicas na adesão à práticas esportivas na região metropolitana da cidade do Recife

Abstract

Introdução: As diferenças entre os sexos biológicos, ditadas pela história, sociedade e cultura, e os níveis socioeconômicos podem interferir na adesão de práticas esportivas, por influenciar nas escolhas, na manutenção e nas dificuldades enfrentadas relacionadas a tais tipos de práticas. Objetivo: Associar sexo biológico e condições socioeconômicas com a adesão a prática de atividades esportivas. Métodos: Foi realizado um estudo observacional utilizando dados oriundos da aplicação de um questionário on-line com o objetivo de analisar as diferenças entre sexos biológicos e condições socioeconômicas na adesão às práticas esportivas referente à população de jovens adultos, entre 18-50 anos da Região Metropolitana do Recife (RMR). Os dados foram transferidos e tabulados na planilha Microsoft Excel. O cálculo estatístico foi realizado pelo software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). As perguntas abertas foram lidas, analisadas e agrupadas em categorias distintas de acordo com o conteúdo descrito. Das 28 questões que compreenderam o questionário 15 questões, ficaram fora do escopo de trabalho para futuros estudos, uma vez que, não influenciaram diretamente no objetivo do trabalho. Resultados: Dos 380 questionários respondidos, 370 foram considerados válidos. O Qui-quadrado de independência mostrou que há associação entre o sexo biológico e a adesão à práticas esportivas (X²= 4,55; p = 0,033; V de Cramer = 0,111). Em referência às variáveis sobre as condições socioeconômicas, renda familiar e escolaridade, o valor de Qui-quadrado de independência também mostrou que existe associação entre elas e a adesão às práticas esportivas (X²= 6,657; p= 0,036; V de Cramer = 0,134 - renda familiar e X²= 12,267; p= >0,001; V de Cramer = 0,182 - escolaridade). Conclusão: O sexo biológico pode influenciar na adesão as práticas esportivas na vida adulta e no gostar de praticar atividades esportivas na infância e adolescência. Já a renda familiar mensal e nível de escolaridade podem influenciar na adesão às práticas esportivas na vida adulta.