Diferenças morfológicas entre as polaridades rarefeita e condensada no traçado do potencial evocado auditivo de tronco encefálico clique

Abstract

Objetivo: analisar o traçado do exame do PEATE com estímulo clique com diferentes polaridades em jovens com audição normal. Métodos: estudo observacional, descritivo e transversal. Participaram 19 jovens de ambos os sexos com idades entre 18 e 25 anos (média 21,8), com limiares auditivos menores que 25 dB NA nas frequências de 250 a 8000Hz . Foram realizadas entrevistas, avaliação audiológica básica e Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico com estímulo clique. Foram coletados três traçados de 1024 cliques, sendo analisado o traçado resultante para a orelha direita e esquerda, nas polaridades rarefeita e condensada. Para análise do slope e área, foram marcadas as ondas I, III e V e seus vales subsequentes, bem como a marcação do ponto zero (valor de latência entre o pico e o vale quando a amplitude atinge o valor zero ou valor correspondente a latência da metade do slope). Os resultados foram analisados por meio do soffware SPSS. Resultados: Os valores latência absoluta e intervalos interpicos não apresentaram diferenças significativas entre as polaridades rarefeita e condensada. Foi observada uma diferença significativa na amplitude, slope e área da onda I entre as polaridades rarefeita e condensada, coincidindo com a impressão da morfologia pelos julgadores dos traçados. Não foi encontrada diferença significativa para os valores das ondas III e V. Conclusão: Não houve diferenças estatisticamente significativas em termos de latências absolutas e intervalos interpicos entre as polaridades rarefeita e condensada. No entanto, foram observadas diferenças estatisticamente significativas na amplitude, slope e área da onda I quando comparadas entre as polaridades rarefeita e condensada.