Análise descritiva de variantes fisiológicas de atletas das classes WH1 e WH2 do parabadminton

Abstract

Para caracterizar as demandas fisiológicas de atletas incluídos nas classes funcionais WH1 e WH2 do Parabadminton, 13 voluntários realizaram um protocolo de esforço simulado, composto por duas tarefas de mudança de direção e dois ralys. Avaliou-se consumo de oxigênio máximo e médio (VO2máx e VO2med), frequência cardíaca máxima (FCmáx, FCmáx e FCmed) e gasto energético médio e total (EEmed e EE total) através do: dispositivo cardíaco (Polar FT10, Finlândia) e um dispositivo metabólico (PNOE, Grécia). Os dados foram comparados entre os estágios do protocolo, classes funcionais, especificamente com os atletas incluídos em WH1 e WH2 (cadeirantes com pouco ou nenhum controle de troco). Ao final da análise dos dados verificou-se que o protocolo proposto foi eficaz para promover ajustes agudos na frequência cardíaca, FCmáx WH1 (p=0.0056), FCmáx WH2 (p=0.0487). Porém, não foi suficiente para obter respostas significativas para o consumo de oxigênio; atletas da classe WH1 (mais comprometidos) exibiram maiores respostas da FC em comparação aos atletas WH2; o gasto energético foi sempre superior nas atividades de maior intensidade (fase de mudança de direção) em comparação ao raly simulado. Conclui-se que atletas de PBd respondem de maneira similar de acordo com a classificação funcional e pela demanda intermitente do esporte, com picos de frequência cardíaca superior em momentos de maior intensidade (fase de mudança de direção e atletas de PBd pertencentes a classes funcionais com maior comprometimento (WH1) sofrem influência do tipo de deficiência sobre as respostas fisiológicas pela menor ação da bomba muscular no gesto de propulsão manual da cadeira de rodas e, com isso menores indicadores de consumo de oxigênio e por sua vez de gasto energético.